35 anos do SNS, 15 setembro 2014
 
2014-09-15 às 11:14

«RECEBEMOS A RESPONSABILIDADE DE SALVAR O SNS E DE O TRANSMITIR MAIS FORTE, MAIS EFICIENTE E MAIS TRANSPARENTE: FOI O QUE FIZEMOS»

«Recebemos dos portugueses a responsabilidade de salvar o SNS e de o transmitir mais forte, mais eficiente e mais transparente às gerações seguintes. Foi o que fizemos. É o que continuaremos a fazer», afirmou o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho na abertura da sessão solene de comemoração do 35.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde, em Lisboa.

O Primeiro-Ministro afirmou também que «com a pré-bancarrota de 2011, o SNS sofreu a maior ameaça de toda a sua história. É preciso termos consciência deste facto indiscutível», acrescentando que «o Governo agiu» e «esteve ao lado do SNS ao preparar o seu futuro. E foi por isso que assumimos a responsabilidade pela sua reforma e pela sua continuidade», tendo vindo a «trabalhar intensamente» para que o SNS «possa servir não só os portugueses de hoje, mas os portugueses de amanhã».

«Por vezes existe a ideia errada de que a introdução de reformas indica uma ruptura com a instituição e com a sua vocação. Mas é exatamente o contrário», declarou, acrescentando que os «maiores depreciadores do consenso nacional em torno do SNS são aqueles que são indiferentes à sua sustentabilidade», sendo que a valorização do Serviço Nacional de Saúde «não se mede com palavras inconsequentes», mas com «compromissos políticos e com escolhas públicas».

Referindo-se à «recuperação financeira do SNS», Pedro Passos Coelho apontou a redução dos custos que «foi feita de forma assimétrica, com ênfase nos agentes com mais poder e que conservavam maiores margens de lucro».

O défice global do sistema de saúde público, agrupando os hospitais EPE e o SNS, ascendia a mais de 830 milhões de euros em 2010, mas em 2013 «esse défice global estava reduzido a 150 milhões de euros e o défice do SNS já tinha desaparecido», sublinhou, acrescentando que «para este ano, contamos com um equilíbrio financeiro global, estancando-se a acumulação de novos pagamentos em atraso».

O Primeiro-Ministro referiu também que «perto de 5,6 milhões de portugueses estão isentos de taxas moderadoras, o que representa um acréscimo de 1,2 milhões face a dezembro de 2011».

A «determinante resposta» dos profissionais de saúde foi também enaltecida por Pedro Passos Coelho, que elogiou a «dedicação e o profissionalismo que revelam todos aqueles que em cada dia trabalham para proporcionar aos utentes o melhor serviço a que têm direito».

«Não exagero quando digo que todos os portugueses depositam uma confiança fundamental em todos eles. São eles a quem recorremos em momentos de maior vulnerabilidade. É do seu julgamento profissional que dependemos. É com a sua competência e dedicação que contamos nessas horas de inquietação natural», declarou ainda.

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