Agricultura, 24 agosto 2014
 
2014-08-24 às 18:04

AGRICULTURA É «UM PARCEIRO IMPORTANTE DO CRESCIMENTO» ECONÓMICO

«O setor agrícola é fortemente exportador e criador de riqueza, podendo ter futuramente, um crescimento ainda maior», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, na feira agrícola do Vale do Sousa (Agrival), em Penafiel.

«Espero que a minha visita, depois desta crise grave por que passámos, mostre que este setor foi muito importante para nos ajudar a vencer as dificuldades», acrescentou o Primeiro-Ministro, referindo ainda que «o dinamismo grande da Agrival é bem uma prova de que o País tem na agricultura um parceiro importante de crescimento».

E explicou: «É um setor que traz melhor rendimento e que atrai mais jovens, muitos mais qualificados do que antigamente». «No que diz respeito à balança alimentar do País, a agricultura tem também uma grande importância, e nas exportações contribui para gerar emprego e rendimento».

«Muitos daqueles que acreditavam que este era um setor em remissão tiveram oportunidade de constatar que, nestes três anos, apesar da crise que vivemos, todo o setor agrícola foi daqueles que registou um desenvolvimento mais dinâmico e notado, com criação de postos de trabalho e valor acrescentado», afirmou Pedro Passos Coelho.

Assim, «todos os agricultores devem aproveitar o novo ciclo de financiamento europeu, utilizando - pelo menos - tão bem os recursos disponíveis como até aqui», realçou o Primeiro-Ministro, acrescentando: «Se fizerem os investimentos necessários, poderão ajudar o País a crescer e exportar mais».

Na inauguração da Casa do Vinho, em Valpaços, Pedro Passos Coelho referiu que «o orçamento retificativo não contempla matéria de natureza fiscal, mas serão precisos ajustamentos para reorganizar a despesa dentro do Estado».

«Não está, em sede de orçamento retificativo, em cima da mesa, matéria de natureza fiscal». «Parece-me que a meta que tínhamos definido de 4% para este ano é alcançável, precisa de alguns ajustamentos dentro do nosso orçamento, na medida em que há algumas rubricas que têm um peso maior do que tínhamos previsto em consequência de decisões que não fomos nós que tomamos, e isto irá obrigar a reorganizar a despesa dentro do Estado», afirmou o Primeiro-Ministro.

E acrescentou: «Saber o que vai acontecer no orçamento para 2015 para fazer face às decisões que o Tribunal Constitucional adotou em matéria de sustentabilidade da Segurança Social é uma matéria que ainda não tomamos».

«O Governo não tem nenhuma vontade de aumentar os impostos. Não há nenhum Governo que goste de aumentar impostos e, este em particular, não gosta mesmo. Se o fizermos, é porque não há outra possibilidade de atingir as nossas metas».

Mas «esta é uma discussão que ainda não foi travada, portanto não posso estar a dar azo a especulações que possam existir ou simplesmente exercícios teóricos sobre o que pode vir a ser 2015, na medida em que precisamos de ter melhor informação da execução de 2014 para podermos projetar estas contas», explicou Pedro Passos Coelho.

«O Governo tem feito um combate muito forte às gorduras do Estado, quer no domínio das parcerias público-privadas, nas fundações ou das rendas da energia, que permitiram baixar a despesa do Estado», lembrou.

E concluiu: «Os políticos mantiveram um corte acima de todos os outros de 5% nos salários. No meu gabinete as despesas correntes diminuíram mais de 30%, comparado com os gabinetes anteriores».

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