Conselho Europeu, 26-27 junho 2014
 
2014-06-27 às 19:03

PRIMEIRO-MINISTRO: JEAN CLAUDE JUNCKER «É UM VERDADEIRO AMIGO DE PORTUGAL»

A decisão do Conselho Europeu de propor Jean Claude Juncker ao Parlamento Europeu como candidato a Presidente da Comissão Europeia «deixa-me particularmente feliz», afirmou o Primeiro-Ministro na conferência de imprensa no final da Cimeira de Chefes de Estado ou de Governo da União Europeia, em Bruxelas.
Pedro Passos Coelho acrescentou: «Creio que ficamos em ótimas mãos».

Referindo que o antigo Primeiro-Ministro luxemburguês é «um líder político experiente», «com um profundo conhecimento da Europa», «fortes preocupações sociais» e, «também - e o que não é pouco -, um verdadeiro amigo de Portugal», o Primeiro-Ministro disse Juncker «conseguiu um apoio praticamente consensual da parte dos Estados-membros» (exceções feitas ao Reino Unido e à Hungria), «e creio que conseguirá reunir o mesmo apoio do Parlamento Europeu», onde a votação terá lugar em meados de julho.

«O facto de não ter sido nomeado por unanimidade não significa que a maioria qualificada não tenha sido largamente transposta», disse Pedro Passos Coelho, que disse encarar «com normalidade que não estejamos todos de acordo com o nome e o processo» de escolha, mas Juncker teve «uma esmagadora maioria de apoio; mais do que o mínimo, que é uma maioria qualificada que o Tratado exige». Contudo, é importante que, agora, «o Parlamento Europeu habilite o presidente da Comissão Europeia com uma legitimidade reforçada».

Pedro Passos Coleho referiu ainda que Juncker «conhece bem Portugal e que, em função disso, não deixará, como futuro presidente da Comissão, de utilizar esse conhecimento não para discriminar positivamente Portugal, mas, seguramente, não discriminar negativamente Portugal». «É sempre útil ter alguém que conhece bem a realidade europeia e, nomeadamente, Portugal», tanto mais que Portugal ainda tem muitas tarefas pela frente que exigirão uma «interação importante com a Comissão Europeia».

«Julgo que, nessa medida, o facto de termos em Jean-Claude Juncker uma pessoa que não só é amigo de Portugal, como conhece bem a realidade portuguesa, pode ser uma vantagem, evidentemente», acrescentou.

O Primeiro-Ministro referiu-se ainda à situação na Ucrânia, um de três países com os quais a União Europeia assinou hoje acordos de livre comércio - os outros dois foram a a Geórgia e a Moldávia -, afirmando que os dirigentes europeus expressaram o seu total apoio ao plano de paz apresentado pelo Presidente do país. «Não foi excluído que o Conselho Europeu extraordinário [agendado para 16 de Julho] possa regressar a esta matéria e tomar novas medidas de restrição relativamente à Rússia», acrescentou.

O Conselho definiu ainda as linhas estratégicas para os próximos anos nas áreas da liberdade, segurança e justiça; examinou os progressos para a decisão final, em outubro, acerca da política de energia e clima, afirmando a urgência de medidas para aumentar a segurança energética da União.

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