2014-03-19 às 18:11

COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL E POLÍTICA ENERGÉTICA SÃO AS PRIORIDADES DO CONSELHO EUROPEU DA PRIMAVERA

O Primeiro-Ministro afirmou que as três prioridades do Conselho Europeu da Primavera serão competitividade industrial, política energética e situação na Ucrânia. Pedro Passos Coelho intervinha no debate preparatório do Conselho Europeu, que decorre nos dias 20 e 21 de março, em Bruxelas, na Assembleia da República.

«Pela minha parte, o processo de construção de uma verdadeira união bancária será o assunto prioritário. É sabido que, apesar de saudar os consensos já atingidos, manifesto um desejo de aprofundar este processo», referiu o Primeiro-Ministro.

E acrescentou: «Insisto: uma parte significativa da política monetária está ainda muito fragmentada. A autoridade única de supervisão já é uma ajuda para o momento que a Europa atravessa, mas não chega. Os mecanismos de consolidação bancária carecem um adequado apoio europeu para se constituírem mais depressa do que o previsto».

Quanto ao desenvolvimento industrial, Pedro Passos Coelho afirmou que este processo «é crítico para a retoma económica da Europa, mas ainda insuficiente face às metas estabelecidas e respetivos instrumentos alocados».

Em relação ao clima e à energia, o Primeiro-Ministro referiu: «Portugal tem vindo a defender metas mais ambiciosas porque precisamos disto - não só para reduzir os gases com efeito de estufa, aumentar a eficiência energética ou as renováveis - para aumentar as interligações, o que criará um verdadeiro mercado interno de energia».

«Espero que o debate agora iniciado possa acelerar este tema, porque é evidente que estamos energeticamente muito dependentes da Rússia - o conflito presente na Ucrânia demonstra-o bem -, e a interligação europeia com a península Ibérica pode conseguir benefícios para todos os Estados-membros», explicou Pedro Passos Coelho.

Sobre a Ucrânia, o Primeiro-Ministro prevê «uma avaliação da situação para renovar o convite à Rússia e à Ucrânia para uma solução política e diplomática que resolva o problema em causa».

«A questão da Crimeia não respeita as leis internacionais, por isto precisa de ser revertida. Mas mantendo sempre os canais abertos, para que a solução negociada possa vir a ser alcançada», concluiu.

Tags: união europeia, zona euro, banca, indústria, energia, política externa