O Governo «superou todas as expectativas que foram formuladas»,
afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, referindo-se aos
dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a
evolução da economia em 2013. Estas declarações foram feitas no
debate quinzenal, na Assembleia da República, no qual respondeu às
perguntas dos partidos.
Acrescentando que isto «não deve provocar nenhuma depressão
psicológica, mas também não tem de alimentar nenhuma euforia», o
Primeiro-Ministro sublinhou que «os resultados obtidos deveriam
convidar os agentes políticos a convergir mais, aproximando os que
suportam este Governo e o apoiam, e aqueles a quem compete a
oposição ao Governo, com o objetivo de impulsionar a expectativa de
recuperação sustentada para futuro».
A economia portuguesa teve um crescimento homólogo de 1,6% no
último trimestre de 2013, invertendo a tendência de contração
homóloga registada há 11 trimestres. Comparativamente com o
trimestre anterior, o PIB aumentou 0,5% em termos reais entre
outubro e dezembro do ano passado, tendo registado um crescimento
em cadeia pelo terceiro trimestre consecutivo (+0,3% no terceiro
trimestre e +1,1% no segundo trimestre de 2013).
O crescimento deveu-se sobretudo à procura interna baseada na
poupança - e não no crédito -, e também à procura externa com o
aumento das exportações de bens e serviços.
Pedro Passos Coelho lembrou que «algumas previsões chegaram a
estimar uma recessão de 2,3% em 2013, acabando por ficar apenas em
1,4%».
Em relação ao emprego, o Primeiro-Ministro referiu que, «entre o
segundo trimestre e o quarto de 2013, se verificou uma criação
líquida de emprego na ordem dos 120 mil postos de trabalho,
resultado que só fica esbatido porque houve uma assinalável
destruição de emprego no primeiro trimestre do ano passado».
Pedro Passos Coelho reafirmou ainda o convite ao PS para que se
faça um acordo sobre a limitação quantitativa da despesa corrente
primária até 2018: «Estes resultados podiam fazer convergir mais os
agentes políticos entre o Governo e os que o apoiam, e a quem
compete à oposição, de modo de que a partir daqui se possa criar
uma perspectiva sustentada para o futuro».