«Temos muito para fazer neste ano de 2014 que está prestes a
começar. 2014 será um ano cheio de desafios e aos quais cada um de
nós responderá com a mesma responsabilidade e determinação que nos
abriu o caminho até aqui», afirmou o Primeiro-Ministro na sua
Mensagem de Natal. Pedro Passos Coelho acrescentou que «estamos a
menos de cinco meses de terminar em Maio o Programa de
Assistência», que «será uma etapa decisiva da nossa recuperação»,
pelo que «precisaremos de todos os instrumentos que mobilizámos
para concluir sem perturbações o Programa».
Com o final do Programa de Assistência Económica e Financeira
poderemos «fechar esta página da nossa história, para escrever uma
outra» à qual devemos «dirigir todas as nossas energias: para
combater a pobreza, reduzir mais rapidamente o desemprego, aumentar
o investimento e reduzir as desigualdades sociais».
Aliás, «durante demasiado tempo toleraram-se em Portugal
fortíssimas desigualdades, quase sem paralelo na Europa, e
resignámo-nos à estagnação social», mas «no Portugal em que todos
se reveem, ninguém pode estar condenado à frustração dos seus
sonhos simplesmente porque vive naquela região mais remota, neste
bairro mais periférico ou porque nasceu em condições sociais e
familiares mais adversas».
O Primeiro-Ministro referiu também os resultados alcançados
durante 2013 que «foi um ano muito exigente», durante o qual
«atacámos com firmeza as causas e os efeitos da crise», o que o
tornou num «ano difícil, sobretudo para os desempregados e para os
membros mais vulneráveis da nossa sociedade». Durante este ano,
«apesar das fortes restrições orçamentais, reforçámos o Programa de
Emergência Social, aumentámos as pensões mínimas, sociais e rurais
e intensificámos os programas de combate ao desemprego,
precisamente porque todos os que mais têm sofrido nos últimos anos
estão no centro das nossas preocupações».
Contudo, 2013 - referiu ainda Pedro Passos Coelho - foi o ano no
qual «a nossa economia começou a dar a volta. Graças à coragem e
engenho dos nossos trabalhadores e dos nossos empresários, as
nossas exportações cresceram e ganhámos quota de mercado no
exterior aos nossos competidores mundiais. Entrámos em mercados em
que Portugal nunca tinha entrado antes e temos hoje excedentes
comerciais e financeiros sobre o exterior, algo que Portugal não
conhecia há muitas décadas. Começámos a vergar a dívida externa e
pública que tanto tem assombrado a nossa vida colectiva. A economia
começou a crescer e acima do ritmo da Europa. Ao mesmo tempo, o
emprego começou a crescer e, em termos líquidos, até ao terceiro
trimestre foram criados 120 mil novos postos de trabalho»
O desemprego, «que tinha atingido níveis inaceitáveis no decurso
desta crise, tem vindo a descer mês após mês, e em particular o
desemprego jovem. Fizemos nestes anos progressos muito importantes
na redução do défice orçamental, e não fomos mais longe porque
precisámos dos recursos para garantir os apoios sociais e a ajuda
aos desempregados. A estratégia abrangente que pusemos em prática
para salvar o País do colapso, para reformar a economia e trazer
prosperidade, está a mostrar os seus primeiros frutos», afirmou o
Primeiro-Ministro.
«O trabalho, a tenacidade e o empenho diário de milhões de
portugueses (...) são o fundamento do abandono do pessimismo que
ensombra as nossas vidas há já muitos anos», referiu ainda Pedro
Passos Coelho, que acrescentou que «temos hoje a confiança, o
respeito e admiração dos nossos parceiros Europeus e dos nossos
amigos por todo o mundo», pelo que podemos voltar a olhar para nós
«como um povo orgulhoso, dono do seu próprio destino, que não
receia o futuro e que sabe que, do alto de quase 900 anos de
história, os seus melhores anos ainda estão para vir».