O envelhecimento ativo «adquire uma importância cada vez maior»,
afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, acrescentando que
esta noção «apela a uma nova articulação das políticas públicas e à
reconfiguração, pela sociedade civil, das suas instituições e
práticas». Estas declarações foram feitas no encerramento do
Congresso Nacional da Grande Idade, em Lisboa.
Sublinhando que «o envelhecimento ativo traz consigo a
reinvenção da participação económica, social e política» segundo
novas modalidades, o Primeiro-Ministro referiu que isto «significa
o fortalecimento das comunidades locais, mais integração social e
geracional, e um importante factor de coesão».
Pedro Passos Coelho afirmou também que «o envelhecimento das
sociedades não é um tema de discussão exclusivo dos países
ocidentais», pelo que «devemos estar atentos ao debate
internacional para comparar experiências e soluções».
«Precisamos de encontrar novos pontos de equilíbrio e respostas
integradas», afirmou o Primeiro-Ministro, acrescentando que «na
relação com a juventude, a idade mais avançada apresenta como
trunfos a sabedoria da palavra, a fortaleza do exemplo e a
profundidade da experiência». «Perante as grandes mudanças que o
País está a levar a cabo rumo a um futuro melhor, estes trunfos são
mais preciosos do que nunca».
Contudo, «esta realidade também coloca problemas» pois «os
sistemas que pusemos em prática para levar a cabo a concretização
do direito à proteção social veem agora os seus pressupostos
questionados».
Assim, «a sustentabilidade tem de se tornar numa palavra-chave».
«Os desequilíbrios demográficos e as desproporções financeiras
forçam-nos a agir em nome de um futuro que não está muito
distante», acrescentou, referindo-se às fortes pressões
demográficas que põem em perigo a manutenção do sistema de
segurança social.
Lembrando que esta situação é agravada pela crise económica e
financeira que o País atravessa, o Primeiro-Ministro explicou que
«o que o Governo está a fazer para garantir o futuro da proteção
social, a todos os níveis, corresponde a escolhas difíceis para
todos» mas que «são indispensáveis para assegurar, com a maior
equidade possível, a sustentabilidade dos mecanismos que garantem
direitos imprescindíveis».