2013-10-01 às 15:54

«A CHAVE DO PROGRESSO RESIDE EM ENCONTRARMOS UM EQUILÍBRIO SAUDÁVEL» ENTRE ESTADO, MERCADO E SOCIEDADE CIVIL

«Depois de décadas de debate ideológico que polarizaram a comunidade política em torno do mercado e do Estado, hoje sabemos que não é possível termos um mercado funcional nem um Estado justo e eficaz sem uma sociedade civil forte e vibrante», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, numa mensagem dirigida ao XIII Encontro Nacional de Fundações, em Évora.

Acrescentando que «Estado, mercado e sociedade civil são três espaços com vocações diferentes, mas complementares», o Primeiro-Ministro realçou que «a chave do progresso reside em encontrarmos um equilíbrio saudável e sustentável entre estes três espaços».

«Na verdade, a qualidade da nossa democracia está estreitamente associada à vitalidade da sociedade civil» e «é precisamente no seu seio que é produzido aquilo a que se tem chamado o 'capital cultural e social' - um recurso invisível, mas precioso para o desenvolvimento integral das nações», explicou.

Pedro Passos Coelho afirmou que «é, pois, muito oportuna a reflexão sobre o futuro das fundações portuguesas na ocasião em que o Centro Português de Fundações celebra o seu vigésimo aniversário» e «não é um exagero dizer que o futuro do nosso País está indissoluvelmente ligado ao futuro das suas fundações».

«Em primeiro lugar, porque as fundações estão na primeira linha da produção do capital cultural e social, sem o qual as sociedades modernas perderão o seu equilíbrio e carecerão de muitos dos bens que são indispensáveis para a nossa vida individual e colectiva».

Depois, «como partes integrantes do ecossistema cultural e social do País, também as Fundações compreendem o valor da sustentabilidade e o compromisso com o futuro na promoção dos seus bens em condições de escassez de recursos. Estando apostadas em propósitos sociais e culturais permanentes, que ultrapassam o horizonte da vida das suas equipas dirigentes, as fundações têm no seu código genético um olhar aprofundado para o futuro e para as suas exigências». 

Assim, «as fundações portuguesas constituem um elemento muito importante da nossa estrutura institucional, e hoje já ninguém duvida de que a superação das dificuldades que enfrentamos e as bases fundamentais do futuro do nosso País dependem em elevado grau da robustez desta estrutura institucional vista como um todo, englobando instituições privadas, sociais e públicas», afirmou.

Pedro Passos Coelho realçou também que «é cada vez mais consensual que aí assentam, em larga medida, o desenvolvimento e o progresso dos povos» uma vez que «a qualidade da estrutura institucional do País é factor de competitividade e de crescimento económico material, mas também do desenvolvimento humano integral a que todos aspiram no acesso à cultura, à ciência, ao legado histórico, à solidariedade com os outros e à vida em comunidade».

«Por isso, é grande a responsabilidade das fundações. Para mim é muito clara a importância que as fundações têm tido na resposta nacional à crise em que nos vimos envolvidos, e sei que esta responsabilidade continuará a ser plenamente assumida no futuro. Deposito uma enorme confiança no vosso trabalho e na vossa liderança», concluiu o Primeiro-Ministro.

Tags: primeiro-ministro, cultura, solidariedade, fundações, desenvolvimento, sustentabilidade, coesão