Fábrica de componentes aeronáuticos, 24 junho 2013
 
2013-06-24 às 16:13

«ESTAMOS A TRABALHAR PARA IMPULSIONAR A ECONOMIA E A CRIAÇÃO DO EMPREGO»

«Estamos a trabalhar para poder impulsionar a economia e a criação do emprego», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, acrescentando que «o Governo está a implementar reformas que preparam o País para crescer no futuro, processo este que tem vindo a decorrer a bom ritmo e que está a ser aprofundado, nomeadamente, ao nível das administrações públicas».

Estas declarações foram feitas à saída de uma visita às duas fábricas de componentes aeronáuticos da Embraer, em Évora.

Daí que este seja «o momento do investimento», sublinhou o Primeiro-Ministro, acrescentando: «Uma vez que fomos bem-sucedidos, este é o momento de poder colher alguns frutos e apostar na criação de emprego para que o País possa vir a crescer».

Contudo, «para que isto seja possível, é muito importante que se exija capacidade de diálogo, o que o Governo tem mantido», realçou Pedro Passos Coelho, referindo também que «todos estamos preocupados em conseguir antecipar a retoma da economia», ou seja, «os empresários não estão mais preocupados que o Governo».

Quanto à Embraer, o Primeiro-Ministro realçou a importância do investimento para Portugal, já que «traz uma possibilidade bastante alargada para desenvolver um cluster de aeronáutica no País».

«Hoje, neste investimento que arrancou há cerca de um ano, temos um conjunto de fornecimentos que está a ser feito por um número alargado de empresas de base portuguesa», o que representa «um valor acrescentado para a indústria e para o mercado português», referiu ainda.

Pedro Passos Coelho afirmou também - em reposta a perguntas da imprensa - que «o guião para a reforma do Estado», cujo rascunho foi apresentado no Conselho de Ministros informal de 22 de junho pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, «voltará a Conselho de Ministros oportunamente e será divulgado ao País quando for aprovado. Não estamos, portanto, em fase de avançar ideias ou aspetos relacionados com esse documento, que será comunicado ao País na altura própria e dentro de muito pouco tempo».

«Será tão breve quanto possível. Evidentemente, que não o iremos apresentar ao País em agosto e, portanto, espero num próximo Conselho de Ministros estar em condições de poder aprovar esse documento», acrescentou. O documento delineia a reforma do Estado até 2020, com «marcos objetivos até ao final do mandato deste Governo, que é em 2015». «Significa, portanto, que uma parte importante da reforma do Estado já começou no início do mandato do Governo, mas vai ser agora aprofundada até ao final da legislatura, embora não vá ficar concluída» até 2015, referiu ainda.

O Primeiro-Ministro afirmou também que «os próximos dois anos são importantes para modernizar o Estado, para reduzir o seu peso em termos financeiros, porque só assim teremos a possibilidade, no futuro, de baixar os impostos».

Respondendo a perguntas dos jornalistas sobre as negociações com os sindicatos dos professores Pedro Passos Coelho afirmou esperar «que os sindicatos estejam também disponíveis para mostrar flexibilidade, que o País precisa de ver» da sua parte, pois o Governo tem «mostrado uma grande capacidade para poder fazer compromissos» com sindicatos em vários setores, não sendo a Educação uma exceção.

O Primeiro-Ministro lembrou que «duas das razões evocadas com mais ênfase para bloquear uma perspetiva de compromisso» têm sido a aplicação do horário de 40 horas e «a requalificação/mobilidade aplicada aos professores»: «Nesses dois aspetos, o Governo mostrou uma grande flexibilidade», apesar de estas serem «reformas transversais que se aplicam a toda a Administração».

Contudo, «várias outras medidas que estão a ser tomadas não nos apontam qualquer necessidade, no prazo de um ano, para que professores efetivos sejam colocados em requalificação ou que haja necessidade de aumentar a carga letiva dos professores». O Governo tem «outras formas de adaptar as 40 horas de trabalho semanais à área da Educação e é isso que está a ser trabalhado com uma grande abertura», concluiu.

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