«Gostaríamos que todos se preparassem para esta discussão e que
depois tenhamos todos um espírito construtivo suficiente para
perceber que o objetivo não é divergir, mas convergir na mudança
deste sistema», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho,
referindo-se à reforma do Estado, que o Governo vai abrir à
discussão pública este mês. Estas declarações foram feitas em
Bragança, no segundo dia de uma visita à região de
Trás-os-Montes.
Acrescentando que «não será feita, portanto, uma espécie de
simulacro de discussão», o Primeiro-Ministro sublinhou que quer
«uma discussão ampla», para que «todos possam discutir e contribuir
para esta reforma grande que estamos a preparar».
Pedro Passos Coelho sublinhou que o Governo quer «alcançar o
entendimento o mais alargado possível, mas não vamos ficar à espera
que toda a gente esteja de acordo para poder andar para a frente».
Assim, «não vamos andar 15 anos a fazer a discussão - isso é que
não pode ser -, nem vamos andar um ano e meio ou dois anos a
discutir, para depois - no fim - ficarmos como estávamos - isso
também não pode ser».
O debate público sobre a reforma do Estado «não pode deixar de
estar, pois, muito capitaneado pela própria Assembleia da
República, onde todos os partidos com assento parlamentar chamarão
todos os agentes a pronunciarem-se», concluiu.
No segundo dia de visita a Trás-os-Montes, o Primeiro-Ministro
visitou a Câmara Municipal de Bragança e presidiu à assinatura do
contrato da barragem de Veiguinhas (para abastecimento de água),
seguindo-se uma reunião com o Núcleo Empresarial da Região de
Bragança e uma visita ao Brigantia EcoPark, Parque de Ciência e
Tecnologia de Trás-os-Montes e Alto Douro.