O Primeiro-Ministro afirmou que «o Estado tem obrigação, o
Governo tem obrigação, os médicos têm obrigação, os enfermeiros têm
obrigação, todos os profissionais de saúde têm obrigação de, com os
meios que temos, poder ser mais eficientes sem perda de qualidade -
e é isso que nós procuramos», referindo-se à redução de custos na
Saúde.
«Pretender fazer a discussão sobre a reforma do Estado apenas na
mira de obter poupança é uma visão míope», referiu, acrescentando
que «queremos obter poupanças e ser mais eficientes, mas precisamos
também de ter um produto final mais justo e isso é possível de
alcançar»,acrescentou Pedro Passos Coelho à imprensa após uma
reunião de trabalho do Conselho Nacional para a Economia Social, em
Lisboa.
Presentemente há situações no setor da saúde que «são ao mesmo
tempo ineficientes e injustas» e o Estado tem feito uma
«redistribuição do rendimento de uma forma injusta»: «Aqueles que
têm maiores rendimentos são aqueles que absorvem a maior parte da
redistribuição que é feita pelo Estado, enquanto aqueles que tem
rendimentos mais baixos captam menor parte dessa redistribuição»,
referiu Pedro Passos Coelho.
«A saúde é um setor em que há ineficiências que estão
identificadas, o que significa que podemos ter bons cuidados de
saúde prestados aos cidadãos com poupanças que podem ser geradas na
forma como esses cuidados são prestados», afirmou ainda.