«Os nossos concidadãos não estarão mais mobilizados para vencer
as dificuldades se nós próprios não estivermos», afirmou o
Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, no encerramento das
jornadas parlamentares conjuntas dos partidos que integram a
coligação, na Assembleia da República.
Sublinhando que «aquilo que os portugueses querem saber é se
acreditamos no caminho que estamos a trilhar e se estamos a
conduzir o País para a saída da crise ao implementarmos programas e
decisões que sejam realizáveis», o Primeiro-Ministro acrescentou:
«Os portugueses não acreditarão em nós se não acreditarmos em nós
mesmos».
Pedro Passos Coelho referiu ainda a importância de os
portugueses se manterem confiantes para o País ultrapassar as
dificuldades que enfrenta: «É muito difícil atravessar uma crise
nacional e um momento de emergência tão grave como aquele que
vivemos sem, nos olhos dos nossos concidadãos, encontrarmos a
esperança e a força necessárias».
Para o Primeiro-Ministro, os partidos que apoiam o Governo «têm
a responsabilidade histórica de olhar para os portugueses e, sem se
assumirem como donos do dia de amanhã, dizer-lhes que a direção
seguida pela coligação é a correta». Passos Coelho afirmou também
que, apesar de não terem sido o PSD ou CDS-PP a trazerem Portugal
para a crise atual, está certo de que «seremos ambos parceiros
suficientemente fortes para tirar o País da situação em que ele
está».
Mas também é fundamental a cooperação do maior partido da
oposição. Por isto, o Primeiro-Ministro afirmou que, até 2014, vai
realizar-se uma reforma do Estado que constituirá «uma refundação
do memorando de entendimento» com a troika Fundo Monetário
Internacional, Banco Mundial e Comissão Europeia,
e acrescentou que o PS deve estar comprometido com este
processo.
Esta reforma do Estado será, «não uma renegociação, mas uma
refundação do programa de ajustamento que deve comprometer todos
aqueles que assinaram o memorando de entendimento ou que o
negociaram», referiu Passos Coelho.
E concluiu: «Tenho dificuldade em compreender que, no debate
público em Portugal, apareçam tantas vozes a destacar os problemas
nacionais. Nós não precisamos de apontar mais vezes para os
problemas que temos, precisamos é de mostrar vontade para os
resolver».