Jornadas paralamentares da coligação, 27 outubro 2012
 
2012-10-27 às 21:39

«OS PORTUGUESES NÃO ACREDITARÃO EM NÓS SE NÃO O FIZERMOS NÓS MESMOS»

«Os nossos concidadãos não estarão mais mobilizados para vencer as dificuldades se nós próprios não estivermos», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, no encerramento das jornadas parlamentares conjuntas dos partidos que integram a coligação, na Assembleia da República.

Sublinhando que «aquilo que os portugueses querem saber é se acreditamos no caminho que estamos a trilhar e se estamos a conduzir o País para a saída da crise ao implementarmos programas e decisões que sejam realizáveis», o Primeiro-Ministro acrescentou: «Os portugueses não acreditarão em nós se não acreditarmos em nós mesmos».

Pedro Passos Coelho referiu ainda a importância de os portugueses se manterem confiantes para o País ultrapassar as dificuldades que enfrenta: «É muito difícil atravessar uma crise nacional e um momento de emergência tão grave como aquele que vivemos sem, nos olhos dos nossos concidadãos, encontrarmos a esperança e a força necessárias».

Para o Primeiro-Ministro, os partidos que apoiam o Governo «têm a responsabilidade histórica de olhar para os portugueses e, sem se assumirem como donos do dia de amanhã, dizer-lhes que a direção seguida pela coligação é a correta». Passos Coelho afirmou também que, apesar de não terem sido o PSD ou CDS-PP a trazerem Portugal para a crise atual, está certo de que «seremos ambos parceiros suficientemente fortes para tirar o País da situação em que ele está».

Mas também é fundamental a cooperação do maior partido da oposição. Por isto, o Primeiro-Ministro afirmou que, até 2014, vai realizar-se uma reforma do Estado que constituirá «uma refundação do memorando de entendimento» com a troika Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Comissão Europeia, e acrescentou que o PS deve estar comprometido com este processo.

Esta reforma do Estado será, «não uma renegociação, mas uma refundação do programa de ajustamento que deve comprometer todos aqueles que assinaram o memorando de entendimento ou que o negociaram», referiu Passos Coelho.

E concluiu: «Tenho dificuldade em compreender que, no debate público em Portugal, apareçam tantas vozes a destacar os problemas nacionais. Nós não precisamos de apontar mais vezes para os problemas que temos, precisamos é de mostrar vontade para os resolver».

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