Prémios Ciência na Escola, 4 julho 2012
 
2012-07-04 às 19:45

SISTEMA FINANCEIRO DA EUROPA DESENVOLVEU UM «AVERSÃO AO RISCO» QUE DIFICULTA A SUA FUNÇÃO

«É hoje muito evidente que o sistema financeiro na Europa desenvolveu um sentido de risco e de aversão ao risco que às vezes dificulta aquilo que é a própria função do sistema financeiro, que é estar disponível para que as empresas e as boas ideias possam florescer», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, durante a cerimónia de entrega da 10.ª edição do prémio Fundação Ilídio Pinho, Ciência na Escola, que decorreu na Exponor, em Matosinhos.

O Primeiro-Ministro referiu que espera que a cultura de aversão ao risco existente na Europa «não se desequilibre muito mais» porque, se isso acontecer, «qualquer dia» não existirá economia que suporte o sistema financeiro.

Pedro Passos Coelho afirmou ainda que «é importante» que sejam criadas «condições de confiança, de estabilidade, que permitam ao sistema financeiro, aos investidores, aos agentes sociais, educativos e económicos desempenharem bem o seu papel».

«Venceremos estas dificuldades, estou certo, e se continuarmos determinados a olhar para o mundo, de uma forma aberta, não discriminatória, em que o conhecimento esteja realmente à mão da utilidade que lhe podemos dar», acrescentou.

Considerando que a direção que Portugal quer «tomar está bem definida», o Primeiro-Ministro referiu que o País quer «ser uma economia, um país, uma sociedade, mais aberta, em que as nossas empresas possam exportar mais, (…) que possam ser competitivas, como se estivessem a exportar porque isso significa que nós próprios, no mercado interno, dentro do nosso país podemos beneficiar de melhores serviços, de melhores, produtos, a melhores preços».

Para conseguir uma maior eficiência, Pedro Passos Coelho considera que «é preciso libertar mais recursos para apoiar outros que precisam mais, para reforçar as nossas políticas públicas ou simplesmente para deixar que as próprias famílias, as pessoas, as empresas, possam fazer escolhas mais ambiciosas, que não estejam tão limitadas como hoje estão pelos impostos e pela necessidade de corrigir os desequilíbrios que acumulamos».

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