O Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, afirmou que o investimento que o Grupo IKEA vai fazer no Algarve é financeiramente «um dos maiores da legislatura» e do ponto de vista da criação de emprego «é o maior dos últimos anos».
Paulo Portas esteve presente em Loulé na cerimónia que antecedeu o lançamento da primeira pedra da loja que o grupo IKEA vai construir na zona do Parque das Cidades, perto do estádio Algarve, integrada num complexo que inclui também um centro comercial e outlet e que permitirá criar cerca de 3.000 postos de trabalho diretos e indiretos.
O Vice-Primeiro-Ministro salientou que este investimento de cerca de 200 milhões de euros «irá criar 3.000 postos de trabalho diretos e indiretos, numa região onde a questão da criação de emprego é muito importante».
A loja do grupo sueco vai criar 250 postos de trabalho em Loulé e «muitos outros distribuídos pelo outlet, pelas lojas e pelo centro comercial», e o grupo tem estabelecidas parcerias com fornecedores portugueses, nomeadamente com três fábricas de mobiliário em Paços de Ferreira, a Vista Alegre, que vai produzir loiça de mesa, e a Aquinos, em Tábua, que vai produzir colchões.
«O IKEA veio para Portugal trabalhar com fornecedores portugueses e empresas portuguesas com qualidade, que integram a cadeia de valor que o IKEA pode apresentar ao mercado», sublinhou.
Paulo Portas destacou também o facto de a multinacional sueca ser «muito conhecida e exigente, quer do ponto de vista ambiental, quer do ponto de vista da responsabilidade social», e ir «assumir uma quota-parte» dessa responsabilidade social em projetos a realizar no Algarve. E acrescentou que não se trata apenas de «fornecer um bom produto ou para vender, o que é inteiramente legítimo, está também para se integrar e assumir uma quota-parte de responsabilidade social e tanto quanto sei esse projeto será feito na área da infância».
O Vice-Primeiro-Ministro agradeceu ainda a cooperação de todos que trabalharam para captar este investimento da marca sueca e para «ultrapassar os obstáculos» administrativos que existiram ao longo de todo o processo, para que o grupo escolhesse investir em Portugal numa altura em que o país carece de projetos que permitam criar emprego.
«É uma presença, como aqui foi dito, já com décadas em Portugal e é muito bom sinal que a decisão de fazer este investimento no sul de Portugal tenha sido tomada agora», afirmou, referindo-se à quarta loja que o grupo vai abrir no país, depois de duas na zona da grande Lisboa e outra na do Porto.
Na cerimónia esteve também Richard Vathaire, diretor do IKEA para Portugal e Espanha, que disse que a construção da loja no Algarve «é um sinal claro» de que o grupo «acredita em Portugal».