A Feira Internacional de Luanda é «uma feira muito importante, não apenas ao nível de Angola, mas em termos internacionais, com uma presença muito significativa de empresas portuguesas», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro em Luanda. Portugal é o país com maior representação na Filda, com 67 expositores, dos quais 24 estreantes. Na totalidade, a feira tem este ano 800 expositores, de 40 países.
«Portugal mostra, mais uma vez, o seu empenho em fazer parte do desenvolvimento de Angola», sublinhou Paulo Portas. Angola foi o quarto maior mercado de exportação de Portugal em 2014, com vendas de 3175 milhões de euros, representando um crescimento de 2% face ao ano anterior.
O Vice-Primeiro-Ministro afirmou também, após uma reunião com o Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, que «é bom que toda a gente perceba que o lugar que Portugal não ocupar em Angola será ocupado por outros. E não estamos aqui para, de bandeja, dar a outros o lugar que sabemos ocupar», sublinhou, referindo «a necessidade dos investidores angolanos também manterem os interesses portugueses».
Paulo Portas disse ainda que «é necessário perceber que, nas relações internacionais modernas, a força económica é tão ou mais importante do que outras», pois «nunca a diplomacia dependeu tanto da economia como nos dias de hoje».
«É preciso que todos percebam que o Governo está ao lado das empresas porque, se não perceberem, outros governos estarão. Portugal deve, pois, estar presente em Angola, sobretudo numa altura de crise do país», acrescentou.
O Vice-Primeiro-Ministro reafirmou que, «apesar do momento económico vivido em Angola, devido à quebra nas receitas fiscais com a exportação de petróleo, a relação entre os dois países é insubstituível» e «as duas economias são importantes uma para a outra, em termos de desenvolvimento e das relações comerciais».
«2015 não tem sido um ano fácil para a economia angolana, mas achamos que esta é uma circunstância transitória, acreditamos na diversificação da economia angolana, e queremos ser parte do seu desenvolvimento angolano», realçou Paulo Portas, lembrando «a importância das relações bilaterais entre os dois países - em termos de exportações - e ao nível regional, tendo em conta que muitas empresas portuguesas utilizam Angola como base para o mercado africano, e vice-versa».
«Precisamente, em 2015, é que Portugal tinha que dizer que estamos presentes e estamos juntos», disse, acrescentando: «Toda a gente sabe que este ano não tem sido fácil, do ponto de vista da contração de indicadores internacionais que afetam economias como a de Angola, mas temos absoluta confiança que, com as medidas que já vão sendo tomadas, esta é uma situação transitória».
O Vice-Primeiro-Ministro referiu ainda que, na reunião com o Vice-Presidente Manuel Domingos Vicente, «foram abordadas todas as formas diretas de procurar incentivar um clima que - do ponto de vista das exportações, do investimento e das parcerias estratégicas entre Portugal e Angola - resulte em benefícios para os dois países. Foi, portanto, uma reunião bastante produtiva».
Paulo Portas afirmou também que «Portugal e Angola têm uma relação que é insubstituível, e sempre ultrapassamos as questões que existem entre os dois países para conseguir um patamar da relação ainda mais positivo».