«A receita para criar emprego e atrair investimento em Portugal é aquilo que chamo a receita dos três C», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas; «primeiro, C de confiança - Portugal tem, neste momento, o melhor índice de confiança nos seus empreendedores desde 2008; segundo, C de competitividade - desde que o IRC começou a descer, o investimento começou a subir; por último, C de competência - as agências públicas, como neste caso aconteceu, têm de responder com celeridade ao investidor, reduzindo a burocracia».
O Vice-Primeiro-Ministro - que intervinha na assinatura de um protocolo entre o Governo e a multinacional francesa Faurecia, em Bragança, através do qual será realizado um investimento de 45 milhões de euros e criados 400 postos de trabalho, nos próximos dois anos - afirmou ainda que «com a mesma determinação que vencemos o resgate, vamos vencer o desemprego».
Paulo Portas destacou que, «em menos de um ano, assistimos a decisões de investimento muito relevantes em Portugal», exemplificando: «Para só mencionar o cluster automóvel, recordo que a AutoEuropa investiu 700 milhões de euros, em Palmela; a PSA-Citröen investiu 50 milhões de euros, em Mangualde; a Mitsubishi investiu 37,5 milhões de euros, no Tramagal; a Salvador Caetano investiu 10 milhões de euros, em Ovar; e, agora, a Faurecia, investiu 45 milhões de euros, em Bragança. Não são coincidências - Portugal tornou-se mesmo atrativo para investir».
«Não há grande marca de automóveis que não tenha peças produzidas com as nossas mãos», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, realçando que «aquilo de que mais precisamos na nossa economia é de investimento, geração de emprego, inovação, reforço das exportações e economia aberta».
Paulo Portas referiu que «há muitas empresas a pensar em decisões de investimento em Portugal», leambrando que «as candidaturas aos 1200 milhões de euros disponíveis no próximo quadro de fundos comunitários (Portugal 2020) são três vezes superiores ao valor disponível».
A Faurecia é um dos maiores fornecedores mundiais de componentes automóveis e tem seis fábricas no País que exportam quase 90% da faturação, sendo responsáveis por 3700 trabalhadores. O volume de vendas da multinacional em Portugal cresceu 23% em 2014.