«Este ano, o País terá, pela primeira vez, um défice abaixo dos 3%, ficando livre de sanções ou de ameaças, fazendo um reembolso antecipado do empréstimo ao Fundo Monetário Internacional, e estando num ciclo de crescimento económico», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, na conferência «Caixa 2020 – Serviços, Comércio e Restauração», em Cascais.
E lembrou os objetivos cumpridos por Portugal nos últimos quatro anos, não só durante o programa de ajustamento, mas também no período pós-troika (desde maio de 2014): «Conseguimos fechar o programa com os nossos credores no primeiro momento possível, tivemos a liberdade de não escolher um programa cautelar, e não pedimos mais tempo nem mais dinheiro».
Referindo-se à taxa de desemprego, Paulo Portas afirmou que a sua queda «é uma tendência positiva». E acrescentou: «O aumento do investimento vai criar mais postos de trabalho» e «a sua trajetória positiva será capaz de dar aos portugueses um horizonte de maior esperança, do ponto de vista da construção de uma sociedade com oportunidades de emprego». Mas alertou: «Os novos empregos não são, nem voltarão a ser, aqueles que os nossos pais conheceram».
«O País chegou a ter uma taxa de desemprego de 17,7%. Hoje, este valor ronda os 13%», realçou o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que tem consciência de que «visto do lado das pessoas que estejam ainda nestes 13%, a queda da taxa de desemprego não se reflecta nas suas vidas, nas suas famílias ou no seu quotidiano», concluiu.