«Exportamos mais do que importamos e recebemos mais do que pagamos», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro referindo-se ao excedente das contas externas apurado pelo Banco de Portugal e hoje divulgado. Paulo Portas acrescentou que «ficámos a saber hoje como é que evoluíram as nossas contas externas no primeiro trimestre deste ano: Portugal teve um saldo positivo na casa dos 350 milhões de euros enquanto no primeiro trimestre do ano passado tinha tido um saldo negativo na casa dos 170 milhões de euros. Isto significa que recuperamos mais de 500 milhões de euros».
Os dados do Banco de Portugal mostram que o excedente das contas externas de Portugal foi 351 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, devido a um saldo positivo de 469 milhões de euros na balança de capital.
Paulo Portas, que visitou uma empresa de têxteis, em Guimarães, e outra de produtos metálicos para a indústria automóvel, na Trofa, acrescentou que «quando a tendência é positiva, é evidente que os reflexos acabam por chegar à vida quotidiana das famílias e das pessoas».
Este número «é um sinal de crescimento, um sinal de potencial e um sinal de maior confiança», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que representam uma mudança de paradigma em relação a anos anteriores.
Os têxteis e vestuário tiveram «um dos melhores anos de sempre do ponto de vista de exportações: 4,86 mil milhões de euros com crescimento anual de 8%, acima do crescimento médio das exportações que já foi francamente bom», referiu Paulo Portas durante a visita à empresa têxtil, tendo assinalado as exportações de têxteis-lar nas houve um «crescimento sobre o melhor ano de sempre de 5,8%, acima dos 4% de crescimento médio das exportações».
Os têxteis e vestuário «e um setor tradicional, mas está hoje em dia a contribuir acima da média para o crescimento das exportações», referiu, recordando que as empresas do setor «fizeram uma transformação e atualização que os tornaram muito mais aptos de competir a nível global».
O Vice-Primeiro-Ministro visitou também a fábrica de produtos metálicos, nomeadamente para a indústria automóvel, Inapal Metal, em Trofa, onde presidiu à cerimónia que assinalou a produção de um bilião de peças.