O Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas destacou que o crescimento das exportações é «um sinal de modernização da economia», referindo que os setores que mais cresceram no primeiro trimestre de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014, foram a ótica (mais de 11%), os produtos agroalimentares (9,8%), os produtos minerais (7%), os veículos (6,4%), numa declaração à imprensa, em Lisboa, após a divulgação dos dados relativos ao comércio externo de bens, pelo INE.
O Vice-Primeiro-Ministro sublinhou que a aceleração das exportações está a verificar-se para os paises da União Europeia e de fora da UE, acrescentando que «isto significa que o setor exportador português está francamente resiliente a oscilações no mercado dos combustíveis. Há muitos setores a crescer e a crescer solidamente».
Referindo que o aumento das exportações de bens em 4% no primeiro trimestre de 2015, em relação ao trimestre homólogo de 2014, e em 10,9 % das de março, em relação a fevereiro, representa «um sinal muito animador» e «uma aceleração muito significativa», Paulo Portas disse que se esta trajetória - que depende de numerosos fatores externos - se confirmar, Portugal poderá voltar a bater, em 2015, o recorde de sempre de exportações.
O Vice-Primeiro-Ministro acrescentou que «na verdade, as exportações estão a crescer sobre o melhor ano de sempre e não pararam de crescer como alguns céticos se precipitaram a dizer», aproximando-se mais da «definição da tendência relativamente ao ano de 2015».
«Eu disse sempre que as exportações voltariam a ter em 2015 o seu melhor ano de sempre, ou seja, que este ano as empresas exportadoras voltariam a ter um novo máximo de vendas para o exterior», disse ainda.
Estes números respeitam apenas à exportações de bens, pois os números das exportações dos serviços - que «têm dado uma ajuda suplementar muito positiva à balança comercial - ainda não foram divulgados.
Paulo Portas referiu-se também ao crescimento das importações, que «em si não significam um problema desde que parte seja para investimento e que o comportamento das exportações seja resiliente».