O Presidente da República da Colômbia, Juan Manuel Santos, e a Ministra das Relações Exteriores, Maria Angela Holguin, atribuíram ao Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas a mais alta condecoração do país, pelo «contributo decisivo para o fortalecimento das relações diplomáticas, políticas, comerciais, culturais e de cooperação» entre Portugal e Colômbia, bem como «pela sua destacada e relevante dedicação à promoção e impulso de uma agenda bilateral positiva e à incursão em novas temáticas orientadas para o desenvolvimento das duas nações».
A Ordem de Boyacá - que foi entregue a Paulo Portas pela Ministra Maria Angela Holguin - distingue cidadãos colombianos ilustres e, mais raramente, «líderes de países amigos como reconhecimento por méritos especiais», entre os quais se encontram o Presidente do Chile, Sebastian Piñera, o ex-Primeiro-Ministro do Reino Unido, Tony Blair, e o ex-Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
O decreto presidencial refere ainda que o Vice-Primeiro-Ministro português apoiou o reforço das relações comerciais e de investimento bilaterais, a entrada em operação de uma ligação aérea direta entre Bogotá e Lisboa, e colaborou na aprovação em ambos os países do Acordo Comercial Multilateral entre a União Europeia, e a Colômbia e o Peru.
«Possibilitou e impulsionou as boas relações com a América Latina e, em especial, com a Colômbia, apoiando decisivamente o processo de paz», que o Presidente Santos tem desenvolvido, refere ainda o decreto, que acrescenta que Paulo Portas, «enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice-Primeiro-Ministro, promoveu visitas ao mais alto nível, entre elas as do Presidente colombiano a Portugal em 2012 e 2014, a do Primeiro-Ministro à Colômbia em 2012 e a do Presidente da República em 2013».
O Vice-Primeiro-Ministro agradeceu o papel da Ministra dos Negócios Estrangeiros e do Presidente colombiano no fortalecimento das relações com Portugal, bem como o dos Embaixadores dos dois países. «Fizemos uma parceria fantástica, organizamos muitas coisas. A Colômbia ajudou muito para abrir os olhos de Portugal para mais além da nossa mais do que natural irmandade com o Brasil. Latino-americanizamos a nossa política exterior e nisto a Colômbia ajudou muito», acrescentou Paulo Portas.
Referindo-se ao «êxito diplomático de Portugal ser o segundo país observador na Aliança do Pacífico», Paulo Portas disse que «estamos muito interessados no que significa a Aliança como instrumento de desenvolvimento das sociedades, modernização das economias e intercâmbios», acrescentando que, quanto ao crescimento económico bilateral, «os últimos 4 anos foram determinantes», com maior frequência das visitas bilaterais e com resultados mais concretos.
Sobre a situação interna da Colômbia, o Vice-Primeiro-Ministro afirmou ser «extraordinário o que o Estado de Direito fez na Colômbia», pondo termo a décadas de guerra civil, e obtendo «a admiração da comunidade internacional por ser uma das economias mais dinâmicas, com mais crescimento e modernizada da América Latina. E só com uma economia dinâmica se pode fazer inclusão social porque só criando riqueza de pode distribui-la melhor».