Investimento industrial, 24 abril 2015
 
2015-04-24 às 15:16

INVESTIMENTOS DE 30 MILHÕES DE EUROS CRIAM NOVOS POSTOS DE TRABALHO NO DISTRITO DE AVEIRO

«Só hoje, nestas duas unidades industriais ampliadas, temos cerca de 1250 postos de trabalho, 30 milhões de euros de investimento e temos muita exportação e substituição de importações», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro no final da visita às empresas Nutre e Ria Blades, ambas com participação de capital estrangeiro, em Vagos. «É precisamente disso que Portugal precisa», sublinhou Paulo Portas.

A fábrica da Nutre é o resultado de um investimento de 14 milhões do grupo Martifer com parceiros paquistaneses e apoio da União Europeia, destinando-se a produzir derivados de soja, como bebidas, iogurtes, sobremesas e barras de cereais, substituindo importações. Atualmente a empresa tem atividade na Roménia, Angola, Brasil, Moçambique e Portugal, faturando 10 milhões de euros, mas espera alcançar novos mercados nomeadamente em África, Médio Oriente e Ásia, onde 70% da população é intolerante à latose. O objectivo a dois anos é exportar 50% da produção de bebidas. A fábrica criou 40 empregos.

A Ria Blades é uma fábrica de turbinas e pás para torres eólicas a trabalhar desde 2009 que fez a sua segunda expansão, tendo cerca de 1200 empregados, e estando a produzir para vários parques eólicos em Portugal e para o estrangeiro.

Estes investimentos «provam o dinamismo económico que está a acontecer cada vez mais na sociedade portuguesa», disse o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que os investidores procuram «destinos amigos do investimento» e que os impostos são um critério que têm em conta. Por isto, «queremos que o investimento venha para Portugal para criar emprego e por isso temos de ter carga fiscal moderada sobre as empresas, o que tem de ser feito gradualmente, mas acredito que o IRC deve chegar até aos 17%, caso em que se tornará um dos mais competitivos da Europa».

Para isso, «é preciso manter a flexibilidade laboral, tal como foi acordado com o compromisso social com a UGT, o que fez parte da transformação da imagem de Portugal como país atraente para investir», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro acrescentadno que «se tivermos leis laborais muito rígidas podemos ficar contentes, mas perdemos investimento todos os dias».

Paulo Portas disse também que o alívio da carga fiscal deverá chegar às famílias «por uma questão de justiça», com a eliminação progressiva da sobretaxa no IRS: «Foi uma medida tomada em desespero depois de uma decisão do Tribunal Constitucional, mas percebida como injusta, e por isso deve ser uma prioridade ir reduzindo a sobretaxa de IRS de forma a desaparecer em 2019».

Contudo, a redução de impostos só é possível se Portugal ficar abaixo do défice orçamental de 3%, considerado excessivo pela União Europeia: «se ficarmos acima não se consegue reduzir a sobretaxa de IRS, como as famílias merecem», disse.

Tags: exportação, emprego, investimento, indústria
   

 

Close