O Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas afirmou que o Governo abriu 71 novos mercados aos produtos agroalimentares portugueses e certificou 178 produtos para exportação, no encerramento do 7.º Congresso da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em Cascais. Ainda esta semana, os esforços do Governo permitiram a abertura do mercado brasileiro a citrinos e a uvas de mesa.
O Vice-Primeiro-Ministro sublinhou a grande competição que existe para vender produtos às novas economias em desenvolvimento - «toda a gente quer exportar para os mercados emergentes», disse - referindo que se Portugal não fizer a pressão certa ou desistir, será ultrapassado por outros países que também querem encontrar novos destinos de exportação.
Paulo Portas lamentou que a agricultura tivesse sido «filha de um deus menor durante anos em Portugal», e apelou a que se combata a ideia «mesmo estúpida» de que a agricultura é uma coisa do passado. A autossuficiência portuguesa em valor tem vindo a crescer nos últimos anos, atingindo os produtos exportados 80% do valor dos que são importados.
O Vice-Primeiro-Ministro afirmou também que os pagamentos dos programas de fundos comunitários aos agricultores devem ter a máxima previsibilidade e que este princípio deve ser estabilizado, «independentemente dos governos».