Investimento aeronáutica, 6 abril 2015
 
2015-04-06 às 18:03

EMBRAER VAI INVESTIR MAIS 150 MILHÕES DE EUROS NAS FÁBRICAS DE ÉVORA

O Vice-Primeiro-Ministro afirmou que a construtura aeronáutica brasileira Embraer deverá investir cerca de 150 milhões de euros em Évora, onde já tem duas fábricas, investimentos que serão candidatos aos fundos comunitários do Portugal 2020. Paulo Portas acrescentou que estes investimentos estão ligados aos jactos comerciais da empresa, que é a terceira maior fabricante mundial de aviões, tendo duas fábricas em Évora e oficinas em Vila Franca de Xira.

«A AICEP e o programa operacional do Alentejo, uma vez recebidas as candidaturas, têm 60 dias para fazer a análise e nós queremos que, com a maior celeridade possível, as decisões sejam tomadas», disse o Vice-Primeiro-Ministro, que acrescentou que estes investimentos «alargam a base industrial na região de Évora», sendo «suporte em projetos de emprego bastante qualificado».

Paulo Portas visitou hoje a OGMA Indústria Aeronáutica de Portugal, detida em 65% pela construtora aérea brasileira - acompanhado pelos Ministros da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, o Embaixador do Brasil em Lisboa, Mário Vilalva, e os presidentes da Embraer, Frederico Curado, e da OGMA, Rodrigo Rosa -, e as duas fábricas de Évora.

Em Vila Franca de Xira, o Vice-Primeiro-Ministro afirmou que «a OGMA continua a ser uma referência de qualidade para gigantes da aviação que sabem avaliar o que é qualidade, continua a prestar serviços ao Estado numa área de soberania e vende os seus serviços junto de outras Forças Aéreas representantes de outras soberanias», na comemoração do 10.º aniversário da privatização da empresa.

Paulo Portas recordou que quando foi Ministro de Defesa Nacional entre 2002 e 2005 lhe foi apresentada a situação de rutura financeira da empresa e que o caminho decidido foi «de privatização, em que o Estado estivesse presente, mas com parceiros internacionais para apanhar o voo da globalização».

O Vice-Primeiro-Ministro prosseguiu afirmando que «se tivesse sido o Estado a investir haveria sempre um bom motivo qualquer ligado às crises financeiras para que o investimento não fosse feito e a empresa teria soçobrado. E seria inconcebível do ponto de vista do interesse nacional que uma capacidade instalada desde 1918, e capaz de se renovar, soçobrasse», acrescentou.

Paulo Portas quis ainda «agradecer a confiança, mesmo em momentos de dúvida, da maioria dos trabalhadores da OGMA»: «Acho que fizemos bem e a opção certa, passaram dez anos, a OGMA mantém as suas certificações de qualidade para produzir e trabalhar para gigantes da aviação internacional - nada disso se perdeu -, continua a prestar um serviço impecável à Força Aérea - nada disso se perdeu -, continua a ser empresa de referência para reparar e manter equipamentos das Forças Aéreas europeias, africanas, latino-americanas».

A OGMA «representa hoje, na aliança com a Embraer, um dos sinais de vitalidade maior na relação entre Portugal e o Brasil», sublinhando que a opção ppelo construtor brasileiro da aviação «faz toda a diferença»: «Imaginem que a privatização tinha levado a OGMA para uma das construtoras europeias: seríamos apenas mais um num círculos de atores com mais poder e força em termos internacionais do que Portugal».

«Em 2005 o volume de negócios da empresa estava nos 117 milhões de euros; dez anos depois está perto dos 170 milhões: cresceu. Há dez anos a OGMA exportava 77 milhões de euros, hoje em dia exporta o dobro, mais de 150 milhões de euros», referiu ainda Paulo Portas.

Tags: investimento, aeronáutica, indústria, emprego, privatizações
   

 

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