Conferência The Economist, 24 fevereiro 2015
 
2015-02-24 às 10:32

REFORMAS PREPARARAM PORTUGAL PARA A ECONOMIA GLOBAL

Portugal aproveitou o «período muito duro de crise e recessão para fazer reformas e tomar medidas que preparassem melhor o País para uma economia global muito exigente», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro na abertura da conferência do The Economist, intitulada Lisbon Summit, em Cascais. Paulo Portas sublinhou que «na economia global, os países que não fazem reformas atrasam-se».

Presentemente, «Portugal está melhor do que há um ano, e em 2016 estará melhor do que hoje», «não está na situação ideal», mas «numa trajetória positiva», depois de ter ultrapassado o «sério problema de dívida e défice em 2011, reconhecido demasiado tarde».

O Vice-Primeiro-Ministro apontou as reformas da flexibilização da legislação laboral - «com o acordo dos parceiros sociais, (...) para tornar mais atrativo o investimento» -, da nova lei do arrendamento - «um problema muito sério que impedia a mobilidade social» -, do IRC - «uma reforma pragmática, não ideológica» -, que reduziu o imposto em dois anos consecutivos - «como forma de gerar condições ainda mais atrativas para o investimento».

Paulo Portas referiu ainda, neste âmbito, o combate à fraude e evasão fiscal - «uma matéria que está de novo em cima da mesa» -, e a fatura obrigatória, que alterou de forma profunda a cultura cívica, pois onde antes havia um olhar de complacência para com os incumpridores das obrigações tributárias, «há hoje um olhar de reprovação».

Acerca da dívida externa, o Vice-Primeiro-Ministro afirmou também que «Portugal terá em 2015 uma trajetória descendente na sua dívida pública», prosseguindo a redução «com algum significado do último trimestre de 2014» do rácio entre a dívida externa e o Produto Interno Bruto.

Referindo-se à Grécia, Paulo Portas afirmou não achar «desejável que a ação política das nações seja baseada na utopia», devendo basear-se no pragmatismo. Sublinhando que «todos queremos um final feliz para a Grécia, mas Portugal não é a Grécia - temos uma situação é diferente: Portugal teve um resgate, a Grécia teve dois e vai a caminho de um terceiro; eles têm troika, nós não».

Isto não significa uma antipatia perante a Grécia, mas uma amizade com Portugal. Eu não sou grego, eu não sou alemão. Sou português e europeu. E tenho de defender o meu País», afirmou ainda.

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Reformas prepararam Portugal para economia global Tags: impostos, reformas estruturais, dívida, trabalho, evasão fiscal, arrendamento, fatura
   

 

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