O Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas presidiu à sessão de encerramento do Campus Inov Contacto, em Lisboa. No âmbito da 19.ª edição deste programa de estágios internacionais para jovens quadros, três centenas de jovens vão realizar estágios profissionais de seis meses em entidades de 42 países.
O Vice-Primeiro-Ministro recordou que o programa deu emprego a 90% dos que o fizeram nas 18 edições anteriores: «Vocês têm agora uma oportunidade que a maioria que já fez este programa agarrou e transformou estágio em emprego, e não necessariamente na empresa em que fez o estágio». Aliás, acrescentou, 70% dos jovens que participam no Inov têm emprego no final dos seis meses de estágio, sendo dois terços em empresas portuguesas e um terço em empredsas internacionais.
Paulo Portas pediu aos jovens que vão realizar estágios profissionais no estrangeiro que divulguem que Portugal está em «franco crescimento»: «Portugal até aqui era visto como um ‘problem maker’, mas agora está a começar a ser um ‘problem solver’», disse, acrescentando que Portugal está a dar sinais de crescimento, não só com a tendência da queda do desemprego, mas também com os níveis dos indicadores de confiança dos consumidores ao nível mais alto dos últimos anos.
De acordo com dados do AICEP, que gere o programa, mais de 30% dos jovens que realizaram estes estágios foram convidados a ficar nas empresas e de uma taxa de empregabilidade total de 70%, cerca de 60% ficaram em empresas nacionais.
Na 19.ª edição, os principais destinos procurados para os estágios são Brasil, Moçambique, Estados Unidos, China, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e Bélgica, sendo as áreas de eleição gestão e economia, engenharias, artes e multimédia.
No programa já participaram mais de mil entidades, sendo 61% empresas nacionais e 39% empresas estrangeiras. E entre as entidades que ofereceram estágios em 78 países nos cinco continentes, cinco países representam cerca de 54% dos estágios concedidos: Estados Unidos (14%), Espanha (13%), Brasil (11%), China (8%), Moçambique (7%) e Reino Unido (6%). Os setores de atividade mais representativos são as tecnologias de informação, a consultoria e o turismo.
Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, disse que o programa Inov Contacto é «um exemplo da criação de valor na capacitação das empresas portuguesas para os desafios da internacionalização, colocando à sua disposição quadros altamente qualificados e preparados no competitivo ambiente internacional».
O programa é apoiado pela União Europeia e pelo anterior programa de fundos comunitários, o Quadro de Referência Estratégico Nacional.