Turismo, 5 dezembro 2014
 
2014-12-05 às 21:04

APROVADO O QUOCIENTE FAMILIAR: «HOJE É UM DIA HISTÓRICO NO NOSSO SISTEMA FISCAL»

«Hoje é um dia histórico no nosso sistema fiscal», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que «foi aprovado o quociente familiar e isso significa que, independentemente do seu modelo, as famílias estão no centro do sistema fiscal». Paulo Portas faz esta declaração à imprensa após a aprovação pela Assembleia da República da Proposta de Lei de reforma da «tributação das pessoas singulares, orientada para a família, para a simplificação e para a mobilidade social», apresentada pelo Governo.

O Vice-Primeiro-Ministro afirmou ainda que «olhando para as propostas do Governo e também para as do maior partido da oposição, a verdade é que hoje já não é possível pensar no sistema fiscal sem tomar em conta que as famílias que têm filhos têm mais despesas. E se o País quer pensar no futuro deve ter o cuidado de procurar ajudá-las sem prejudicar as demais. É isso que é o quociente familiar e acho que é um dia que faz história no nosso sistema fiscal», acrescentou.

Paulo Portas fez estas declarações em Évora, onde presidiu à abertura do congresso da Associação das agências de viagens e turismo. Na sua intervenção, sublinhou que «o turismo pagou mais de 80% das dívidas que o País teria de contrair para pagar as suas importações», tendo poupado «a cada cidadão português mais de 600 euros», e sem o turismo teríamos de vender 6 mil milhões em ativos por ano. Assim, sendo o turismo «é o sector mais destacado no crescimento económico do País, o caminho é reduzir custos de contexto, e não criar novos custos de contexto só por o sector estar a crescer».

O Vice-Primeiro-Ministro referiu-se também ao processo de privatização da TAP, sublinhando que «a defesa do hub português nas ligações à América Latina e a África está presente no processo», estando o caderno de encargos «a ser feito com o devido cuidado».

Paulo Portas disse ainda que o Governo pediu, «no âmbito da reunião da coordenação dos assuntos económicos e do investimento, um estudo comparativo da eficácia da emissão de vistos nos dez destinos mais importantes para o nosso País» para sabermos «em quanto tempo decorrem as entrevistas, em quanto tempo se dá a emissão de vistos», porque é criarmos uma boa imagem «respondermos adequadamente às solicitações», acrescentou.

«Sempre pensei o seguinte: quando um turista ou um empresário pedem um visto para visitar Portugal, se a organização externa do Estado português não responder bem, perdemos a primeira oportunidade de criar a primeira boa impressão. E é só isto que está em causa. É sermos pragmáticos, vermos onde é que somos mais sucedidos na política de vistos, onde é que há problemas, quais é que são as soluções que outros países aplicaram para resolver o problema, o que é que podemos aprender com os nossos acertos e melhorar a resposta», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro.

Recordando que a melhoria da rapidez e segurança na atribuição de vistos de entrada «mereceu empenho tanto do Ministério dos Negócios Estrangeiros como do Ministério da Economia», apontou «um protocolo que permite um investimento por parte do Turismo de Portugal no reforço dos meios humanos e técnicos nos postos consulares dos principais mercados emergentes para acelerar o processo de emissão de vistos», exemplificando com o caso da China que se tornou, de acordo com alguns critérios, no maior emissor do mundo de turistas este ano.

Tags: impostos, aviação, turismo, famílias, natalidade, balança comercial
   

 

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