«O investimento está a crescer e precisamos de mais, as
exportações estão a crescer e precisamos de mais, o emprego está a
melhorar e trabalhamos para que haja mais oportunidades», afirmou o
Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas no discurso de inauguração de
uma fábrica de componentes automóveis da multinacional
norte-americana BorgWarner, em Viana do Castelo.
O Vice-Primeiro-Ministro afirmou que Portugal necessita de
investimentos «para sustentar o crescimento nesta fase de transição
para uma economia melhor», referindo que a nova fábrica representa
um investimento de 24 milhões de euros que permitirá «quase
duplicar o volume de negócios e criar 90 a 120 postos de trabalho».
«São investimentos como estes, com profundidade e qualidade que nos
interessam como País».
Paulo Portas recordou que há poucos anos «Portugal tinha cerca
de 28% do seu produto em exportações» e atualmente «tem mais de 40%
do seu produto em exportações». «O nosso objetivo é por volta de
2020 superar os 50% de exportações. Isso fará da nossa economia uma
economia muito mais preparada para competir na globalização».
O Vice-Primeiro-Ministro referiu que a empresa faturou «85
milhões de euros, quase 100% para exportação» - no mercado interno
«fica menos de 1%». E «com este investimento, a BorgWarner pode e
deve crescer entre 140 e 170 milhões de euros nos próximos anos.
Trata-se de um enorme impulso ao volume de negócios gerado por esta
unidade».
Paulo Portas destacou a celeridade com que este investimento foi
autorizado, elogiando a Agência para o Investimento e Comércio
Externo de Portugal e a posição «cooperativa e amiga das
autoridades municipais»: «No final de 2013 este investimento
foi-nos apresentado enquanto projeto. Em março de 2014 estava a ser
assinado o contrato. É um tempo rápido de decisão para um País que
precisa ser rápido a recuperar o crescimento, o investimento e os
postos de trabalho», sendo um «bom exemplo que quer ver disseminado
pelo País».
Respondendo a perguntas de jornalistas acerca de previsões
diferentes das do Governo na proposta de Orçamento do Estado para
2015, o Vice-Primeiro-Ministro afirmou que «governar é ser
pragmático: interessam-nos mais os factos do que as previsões; a
melhor maneira de prever o futuro é fazê-lo», acrescentando ainda
que «as previsões são úteis, mas os factos são mais sólidos».