«É o primeiro orçamento em que há recuperação do poder de
compra» e «redução acentuada do desemprego», afirmou o
Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas no encerramento do debate na
generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2015, na
Assembleia da República. É o primeiro orçamento em que há
expectativa de crescimento económico acima da média da Zona Euro.
Não serão certezas, mas avançamos na esperança», acrescentou antes
da votação que o aprovou na generalidade.
O Vice-Primeiro-Ministro disse ainda que este é «o primeiro
orçamento em que haverá uma significativa redução do IRS para
famílias com filhos. Cerca de um milhão de contribuintes poderão
sentir o alívio já em 2015».
Ao mesmo tempo, «avançamos na recuperação dos rendimentos dos
pensionistas», e as pensões mínimas, sociais e rurais vão ser
aumentadas apesar de a inflação ser negativa (haver decréscimo dos
preços).
É ainda «o primeiro orçamento em que os trabalhadores das
Administrações Públicas terão uma inversão da trajectória das
reduções que tiveram de sofrer. Serão 20% a mais do que tinham a
menos», salientou.
Contudo, «ouvimos ontem a oposição dizer que este orçamento é
mais do mesmo», mas «ninguém no seu são juízo esperaria que o
primeiro orçamento depois da troika fosse anti-troika. Não estamos
para aventuras».
Paulo Portas destacou que «o orçamento depois da troika é
diferente dos orçamentos da troika», pois «com prudência mas
intensidade, este orçamento devolve mais rendimento a mais pessoas,
reduz impostos a mais famílias». E a que não o vê, «recomendo o
conselho de Jorge Luís Borges: se não conseguem suportar a
realidade, mudem de conversa».
Além das partes do seu discurso em que se referiu à necessidade
de a oposição apresentar propostas concretas - «o poder não se
herda, merece-se», disse -, o Vice-Primeiro-Ministro referiu-se à
queda da taxa de desemprego para 13,6%. «Entre o início de 2013 e
este Outono de 2014, diz o Eurostat, há 298 mil pessoas,
portugueses, cidadãos de carne e osso, que deixaram o
desemprego»
«Não chega mas o caminho faz-se andando, e a situação de
Portugal, longe de ser a ideal, está melhor que estava ontem»,
acrescentou.