O Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, afirmou a necessidade de
uma política de compromisso com os parceiros sociais e o maior
partido da oposição, já alcançada com a reforma do IRC, que vai
colocar a taxa deste imposto entre as mais competitivas da
Europa.
Falando no 115.º aniversário da Água Castello, em Moura, Paulo
Portas referiu-se aos impostos sobre as empresas e à necessidade de
previsibilidade fiscal, sublinhando «este será o primeiro de quatro
anos seguidos» em que a taxa de Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas (IRC) vai baixar, e que «este é o modelo certo a
seguir».
Rejeitando «opções que representem imprudência», afirmou, em
alternativa, a importância do «compromisso, nomeadamente com os
parceiros sociais e com o maior partido da oposição», que já
permitiu «estavelmente, fazer baixar [o IRC] 2,5% por ano, o que ao
fim de quatro anos dá 10%». Assim sendo a taxa de IRC em Portugal,
«que era das menos competitivas da Europa, poderá passar a ser uma
das mais competitivas do espaço europeu».
O Vice-Primeiro-Ministro afirmou que a economia portuguesa está
melhor e que Portugal não voltará à recessão. Referiu também que os
números do desemprego «ainda são altos», mas têm registado uma
«trajetória de descida constante e congruente», ao mesmo tempo que
os indicadores de confiança dos empreendedores e dos consumidores
subiram - «estão no seu melhor nível desde 2008» - e as exportações
passaram de 28% para 41% do Produto Interno Bruto (PIB).
«O melhor amigo de um desempregado é um investidor que queira
criar riqueza e postos de trabalho», afirmou Paulo Portas, deixando
elogios ao trabalho desenvolvido pela empresa das Águas Castello
(Mineraqua). «Aprecio muito o contributo que vocês dão a uma
economia que não chegou ainda a um patamar nem ótimo nem sequer
muito bom, mas que, evidentemente, está melhor do que estava há um
ano», disse.