Debate do estado da Nação, 2 julho 2014
 
2014-07-02 às 18:52

«PORTUGAL É HOJE UM PAÍS MAIS LIVRE DO QUE HÁ UM ANO»

O Vice-Primeiro-Ministro afirmou que «Portugal é hoje um país mais livre do que há um ano» e que «economicamente, politicamente e socialmente os portugueses podem ter mais esperança». Estas declarações foram proferidas durante a sua intervenção no encerramento do debate do estado da Nação. Paulo Portas dissera antes que o que era importante saber neste debate era se «hoje estamos igual, melhor ou pior» do que há um ano, acrescentando que «a resposta é clara».

O Vice-Primeiro-Ministro referiu que o sucesso do programa de ajustamento não foi um «acontecimento trivial», sendo resultado do sofrimento e das restrições dos portugueses: «Foi tão excecional o momento que vivemos que só pode chamar-se extraordinário o esforço dos nossos concidadãos».

«Este é, portanto, o primeiro debate estado da Nação desta legislatura sem a troika», realçou, mas houve também outros desenvolvimentos positivos depois do «caminho das pedras feito pelos portugueses», e em resultado das reformas estruturais.

Afirmando que «já não estamos em recessão técnica» e referindo vários dados económicos (melhorias no emprego, défice, exportações e sentimento de confiança), Paulo Portas sublinhou que o País melhorou: «A economia portuguesa beneficiou das reformas feitas, recuperou a confiança e caminhou para melhor», mas «esta mudança não foi um acontecimento trivial», tendo sido um «esforço extraordinário dos nossos concidadãos». «Espanta-me que nalguns partidos da oposição se neguem estes factos», acrescentou.

Depois de tudo isto, «tudo ficará igual?» perguntou, respondendo com o aumento do salário mínimo - «é possível melhorar o salário mínimo nacional; há um ano não era» -, a reposição de 20% anual dos salários dos funcionários públicos e a diminuição da contribuição sobre as pensões acima de 1000 euros. «Vale mais um pássaro na mão que dois a voar, como diz o nosso povo», citou o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que estamos «num caminho gradual, mas seguro», «o razoável, depois de tanta exceção».

Paulo Portas afirmou que quem propôs a reestruturação e a renegociação da dívida estava errado e que os resultados dessas políticas teriam sido mais dolorosos: «Ninguém tem o monopólio da razão e mal de quem o tenha. Mas se Portugal tivesse seguido por esses caminhos aventureiros, ou a troika ainda cá estava ou Portugal já não estava no caminho do euro».

Tags: estado da nação, programa de assistência económica e financeira, economia, emprego, défice, exportação, salário mínimo, pensões
   

 

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