Investimento estrangeiro, 24 junho 2014
 
2014-06-24 às 12:27

O QUE UNE TRABALHADORES E PATRÕES É MAIS IMPORTANTE DO QUE O QUE OS SEPARA

«O que nos une é mais importante do que aquilo que, conjunturalmente, nos pode separar», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas acerca do modelo alemão de relações entre empregadores e trabalhadores, durante a conferência «60 anos de Conectividade», organizada pela Câmara de Comércio Luso Alemã, no âmbito da visita do Presidente da República Federal Alemã, Joachim Gauck, a Portugal.

O Vice-Primeiro-Ministro referiu a sua simpatia pelo modelo alemão de convivência entre sindicatos e patronato, afirmando que «uma boa negociação entre trabalhadores e empregadores vale mais do que 10 mil manifestações», e que é necessário espírito de compromisso.

Paulo Portas referiu também a atitude reformista existente na Alemanha para manter a competitividade internacional, atitude que atravessa diferentes governos.

O Vice-Primeiro-Ministro sublinhou a importância da Alemanha enquanto parceiro social, uma vez que o país ocupa o segundo lugar nas relações comerciais de Portugal (depois da Espanha), afirmando a necessidade de mais investimento alemão para dar sustentabilidade ao crescimento português.

Paulo Portas aconselhou os potenciais investidores alemães a falar com as empresas alemãs que já se encontram no País, pois serão essas que melhor poderão explicar as vantagens de investir em Portugal.

Referiu também a reforma do IRC que nos próximos quatro anos irá motivar a redução progressiva mas sustentada dos impostos empresariais, afirmando «ser interessante investir em Portugal quando os impostos sobre as empresas começam a descer».

Apontou ainda a alteração do modelo das relações laborais, a simplificação dos licenciamentos, que minimizam os custos de contexto, os benefícios fiscais que podem chegar a 30% do valor do investimento promovido pela AICEP, uma boa rede de internet e bons recursos humanos.

O Vice-Primeiro-Ministro elogiou igualmente o esforço dos portugueses na redução do défice orçamental e disse que os sinais da economia real são cada vez melhores, dando como exemplo os índices de conjuntura económica e os indicadores de propensão à actividade económica, que atingiram máximos dos últimos 14 anos, e a taxa de desemprego, que «está a descer lentamente mas consistentemente».

Paulo Portas referiu o aumento do peso das exportações do PIB que, entre 2010 e 2014, passaram de 28% para 41%, acrescentando que «há um ano por cada empresa que abria fechavam duas; agora por cada uma que fecha abrem duas».

Tags: trabalho, emprego, reforma, competitividade, investimento, impostos, exportação, empreendedorismo, comércio
   

 

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