«Se fizermos uma aproximação das nossas empresas a mercados mais
acessíveis do ponto de vista da escala, reforçamos a nossa
capacidade de vender mais produtos portugueses no mercado chinês e
captar investimento criador de emprego no nosso País», afirmou o
Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, à saída do fórum empresarial
Portugal-Zhejiang, em Lisboa.
Acrescentando que «este é um segundo nível de aproximação das
empresas portuguesas junto das províncias chinesas mais
desenvolvidas economicamente», Paulo Portas sublinhou que estas
regiões «têm um mercado com a dimensão de um país, em termos
europeus».
«Economicamente, Zhejiang é uma das regiões mais fortes da
China, e - das 500 maiores empresas do país - 140 estão aqui
sedeadas. Esta é também a zona da China onde os indicadores de
empreendedorismo de iniciativa privada são mais fortes, o que levou
as autoridades dos dois países (Portugal e China) a concertarem
esta visita de empresas», explicou o Vice-Primeiro-Ministro.
Referindo os três potenciais investimentos que a delegação de
empresas chinesas traz para o encontro em Lisboa - transformação de
algodão para exportação para a China, fabrico de lâmpadas, e de
painéis de aço -, Paulo Portas afirmou também que estes projetos
«estão suficientemente avançados para, se tudo correr bem, poderem
criar fábricas em Portugal, que geram emprego, e dão oportunidades
a técnicos e trabalhadores portugueses».
O Vice-Primeiro-Ministro destacou também as áreas agroalimentar,
da maquinaria, da eletricidade, das energias e da economia do mar:
«Zhejiang foi eleita, pelas autoridades chinesas, como uma
província ícone no desenvolvimento das indústrias do mar. O
potencial é grande para as duas partes».
Lembrando que «este é o segundo governador chinês que visita
Portugal», Paulo Portas realçou que esta é «evidentemente, uma
oportunidade para exportar e captar investimento».
E acrescentou: «Em 2013, a China subiu 18 lugares na
classificação dos países importadores de produtos portugueses. Já
está nos primeiros 10 países para onde exportamos as nossas marcas
e, portanto, para onde as empresas portuguesas conseguem
desenvolver o nosso negócio».
Assim, «não há qualquer comparação entre a dimensão da relação
económica de vantagem mútua que Portugal hoje tem com a China, com
a que no passado existia, concluiu o Vice-Primeiro-Ministro.