«Do que Portugal precisa, e ainda mais depois da troika, é de um
elevado sentido de compromisso entre partidos que sabem o que é o
sentido de Estado e o sentido de responsabilidade», afirmou o
Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas na Assembleia da República.
O Vice-Primeiro-Ministro acrescentou: «parece-me que não
precisamos destas alianças táticas ou ocasionais entre partidos
que, até ver, têm visões do mundo que parecem tão contraditórias
que não se vê como podem ser conciliáveis», referindo-se ao facto
de o maior partido da oposição ter anunciado que votaria a favor da
moção de censura do Governo apresentada pelo PCP e derrotada no
Parlamento.
Relativamente à situação nacional, o Vice-Primeiro-Ministro
disse existirem condições para que «a partir de 1 de janeiro» os
salários sejam «progressivamente recuperados» e as pensões
«substancialmente repostas».
O Vice-Primeiro-Ministro referiu que o Governo abriu «em sede de
concertação social uma negociação séria para a melhoria do salário
mínimo nacional congelado desde o anterior executivo».
Paulo Portas comparou o País de 2014 com o de 2013, afirmando
que «está melhor», e prognosticou que «estará melhor ainda» em
2015, o que «tornará a função do PCP mais modesta e menos
relevante».