Portugal terá este ano «um crescimento económico sustentado»,
afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, na sessão de
abertura do II Fórum Económico e Empresarial do Diálogo 5+5,
reiterando que «por cada empresa que desaparece, duas novas» são
criadas.
«Estamos confiantes na nossa capacidade de em 2014 ter um
crescimento económico sustentado» afirmou, acrescentando que 2014
será um ano «completo de crescimento».
O II Fórum Económico e Empresarial do Diálogo 5+5 reúne hoje em
Lisboa mais de 400 representantes de empresas, ministérios e
associações empresariais dos dez países do Mediterrâneo Ocidental
(Portugal, Espanha, França, Itália e Malta, do lado da Europa, e
Mauritânia, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia, do lado
africano).
Paulo Portas lembrou que em Portugal há um ano por cada empresa
nova que nascia, duas desapareciam, e a realidade atualmente
mostra-nos que por cada empresa que desaparece, duas novas nascem.
Isto significa uma «maior confiança e expetativa de crescimento» e
reiterou que havendo «mais confiança, há mais aposta, há mais
tomada de risco, há mais investimento, há mais parcerias, há mais
exportações e há mais criação de emprego».
«Chegam a Portugal numa boa altura para fazer parcerias com as
empresas portuguesas» afirmou Paulo Portas, dirigindo-se aos
empresários.
Para o Vice-Primeiro-Ministro o desemprego é «a questão social
mais séria» em Portugal, embora os indicadores mostrem que a taxa
já começou a descer de forma «lenta mas consistentemente, mês após
mês», estimando-se que no próximo ano «ficará certamente abaixo de
15%, quando chegou a atingir praticamente 18% há um ano».
Paulo Portas elogiou o desempenho das empresas portuguesas, que
fizeram subir as exportações de 28% para 41% em menos de quatro
anos. Quando havia estagnação e recessão na Europa, «as empresas
foram para mercados não europeus, do Magrebe, do Mediterrâneo, do
Médio Oriente ou do Golfo», sublinhou.
O ano de 2013 foi o «melhor ano de sempre das exportações», e
2014 mostra que as exportações estão em ritmo de crescimento
relativamente a 2013, «o melhor ano de sempre», afirmou Paulo
Portas lembrando que tivemos uma desaceleração em março e que
teremos ainda em abril, por causa da paragem da refinaria da Galp,
mas em maio as «exportações vão voltar a crescer».
Portugal tem hoje «os melhores indicadores de confiança desde
2010 e a confiança é que gera o investimento e o investimento é que
gera o emprego», sublinhou o Vice-Primeiro-Ministro. «Temos
crescimento onde há um ano tínhamos recessão, temos investimento a
dar os primeiros sinais positivos, quando há 10 anos o nosso país
tem um problema com a captação de investimento», concluiu.