«Em Portugal, os últimos três anos foram de exceção, mas o
caminho que foi feito com bastante dificuldade e sofrimento
permitirá a Portugal recuperar a sua autonomia política e seguir o
seu percurso», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, em
Bruxelas, onde se reuniu com o presidente da Comissão
Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Acrescentando que «qualquer das saídas possíveis do programa de
ajustamento, em maio, é uma saída limpa - seja diretamente para os
mercados, seja com o apoio de uma linha de crédito», o
Vice-Primeiro-Ministro realçou: «As duas soluções são mais
positivas do que a situação atual».
Lembrando que «há um ano, discutia-se se Portugal teria um
resgate ou dois», o Vice-Primeiro-Ministro referiu: «Considero um
progresso estar hoje em causa se o País vai sair do programa de
ajustamento com ou sem apoio de uma linha de crédito». «Dá sentido
e dignidade ao que todos sofremos para que Portugal possa escolher
entre as duas saídas».
Sobre o papel do presidente da Comissão Europeia neste processo,
Paulo Portas afirmou: «É bom que os portugueses saibam que, em
horas difíceis e negociações que não eram fáceis, José Manuel Durão
Barroso apoiou o seu país». E exemplificou com a distribuição de
fundos comunitários.
O Vice-Primeiro-Ministro reafirmou ainda que «o Governo deve
criar condições para começar a reduzir o IRS em 2015». «Mantenho o
que está escrito no guião da reforma do Estado, e que foi aprovado
pelo Governo», ou seja, «o Governo tem consciência da necessidade
de criar condições para começar a inverter a trajetória de
agravamento do IRS». «O início deste processo deverá ter lugar
ainda nesta legislatura».