Capital do Móvel, 26 março 2014
 
2014-03-26 às 13:52

«PELA PRIMEIRA VEZ, A CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL VAI TER A AJUDA DO CRESCIMENTO ECONÓMICO»

Em 2014 «pela primeira vez, a consolidação orçamental, ou seja, termos finanças mais equilibradas, vai poder ter a ajuda do crescimento económico. É uma ajuda virtuosa», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro na inauguração do novo Parque de Exposições Capital do Móvel, em Paços de Ferreira. Paulo Portas acrescentou que a consolidação orçamental por via do crescimento é positiva porque, «se a economia cresce, ela gera mais emprego e, por outro lado, gera também mais receita, por boas razões, porque a economia está a dinamizar-se». «Este é um ponto positivo para a sociedade portuguesa, que  não aconteceu em 2013, em 2012 e em 2011».

O Vice-Primeiro-Ministro referiu-se também aos indicadores do INE  sobre a pobreza divulgados esta semana, apontando como preocupante o desemprego, que em 2012 «foi muito alto», mas que «começou felizmente a descer», acrescentando que «ainda tem de descer substancialmente mais».

Paulo Portas declarou que «a pobreza nos mais velhos, com mais de 65 anos, que são mais pobres, desceu 3,1%», é um ponto positivo que ocorreu porque «este Governo, apesar da troika, apesar do resgate, decidiu aumentar as pensões mínimas sociais e rurais».

O Vice-Primeiro-Ministro referiu-se também ao aumento das exportações, afirmando que «as nossas empresas tornaram-se mais competitivas perante a adversidade». Citando previsões que apontam para que a taxa de crescimento das exportações se situe acima de 5% em 2014, depois de no ano passado terem crescido 6,1%, o que equivaleu a 40,6% do que se produz em Portugal, e passando a representar a segunda maior componente do PIB português, depois do consumo privado (64,5%), sublinhou que «a economia portuguesa tem nas exportações um sinal de esperança que não é ignorável nem discutível».

Paulo Portas recordou que, em pouco mais de quatro anos, as exportações portuguesas passaram de 28% para mais de 41% do Produto Interno Bruto. «Se continuarmos com este ritmo, as exportações poderão ultrapassar 50% do produto dentro de alguns anos e isso é uma proeza extraordinária das empresas».

O Vice-Primeiro-Ministro destacou o setor do mobiliário que aumentou as exportações, em 25 anos, de 10% do negócio para os 80% atuais: «Isso só se faz com muito esforço, talento, mérito e com mais de 30 000 colaboradores que, ao lado dos empresários, aqui fazem um dos setores portugueses exportadores mais competitivos». «Quero prestar uma homenagem a este extraordinário caminho de apenas 25 anos», afirmou.

Em 2013 «o setor do mobiliário português cresceu cerca de 10% nas suas exportações», porque «os empresários tiveram a agilidade, o sentido de risco e a ambição de conseguirem vender o que sabem produzir, desenhar e criar». E conseguiram fazê-lo «não apenas nos países europeus tradicionais, onde havia muita recessão ou estagnação, mas também em mercados emergentes, onde o crescimento económico é maior».

«Este crescimento surpreenderá talvez alguns teóricos, mas não os empresários. É fruto da capacidade que os portugueses têm de vender lá fora em mercados que antes não conheciam, adaptar-se a novas circunstâncias e conseguir vencer», frisou Paulo Portas.

É ainda necessário «conseguir garantir que as pequenas e médias empresas que têm mais dificuldades na promoção internacional o conseguem fazer», para o que o Governo está a trabalhar para «estabelecer uma aliança entre as agências públicas que apoiam a internacionalização, as associações empresariais que dão escala à nossa representação no exterior e as empresas que fazem o crescimento e o emprego».

«De cada vez que Portugal ganha quota de mercado nas exportações, não vence apenas no mercado externo, protege os postos de trabalho na sua retaguarda», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro.

Tags: orçamento, crescimento, economia, solidariedade, idosos, desemprego, pensões, exportação, indústria, internacionalização, emprego
   

 

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