O sector agroalimentar tem revelado «talento, criatividade e
coragem» na sua internacionalização, beneficiando também da
melhoria do acesso a mercados estrangeiros, alcançada pelo Governo,
afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas.
«O mérito é das empresas, mas o Governo também fez a sua parte,
ao lutar contra barreiras protecionistas e fiscais à entrada dos
produtos portugueses», afirmou Paulo Portas, à saída de uma visita
ao salão internacional do sector alimentar e bebidas (SISAB), em
Lisboa.
«Cento e doze novas certificações para produtos, marcas e
empresas portuguesas foram conseguidos em 50 países, o que
demonstra a importância que tem saber vender para países não
tradicionais».
«O objetivo é assinalar o contributo que o setor agroalimentar,
mais o sector florestal, dão para as exportações», referiu o
Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que «são 20% - ou até mais -
do total das exportações portuguesas».
Assim, sublinhou, «o sector exportador nacional não seria o
mesmo sem o setor alimentar, agroindustrial e florestal». Há que
«reconhecer que o talento, a criatividade e a coragem dos
empresários neste sector são ainda maiores do que nos exportadores
em geral, já que as exportações totais subiram 4,6% no ano passado,
enquanto as daqueles setores subiram mais de 7%».
O Vice-Primeiro-Ministro enumerou mesmo o contributo que cada
setor agroalimentar dá anualmente para as exportações: carne de
suíno, 250 milhões por ano; só frutas, mais de 300 milhões de
euros; azeite, mais de 350 milhões de euros; vinho, 725 milhões de
euros; produtos derivados do mar, 805 milhões de euros por ano.
«As exportações estão a ser o porta-aviões da recuperação
económica no nosso País», adiantou.