Assembleia da República, 14 fevereiro 2014
 
2014-02-14 às 18:38

PENÚLTIMA AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA VAI INCORPORAR EVOLUÇÃO FAVORÁVEL DA ECONOMIA

A economia tem vindo a melhorar mais depressa do que o previsto, pelo que a próxima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) servirá para rever as previsões macroeconómicas, juntamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu e Comissão Europeia. «O Governo antecipa uma revisão mais alargada do cenário macroeconómico na próxima avaliação da troika, que incorpore os dados positivos que têm chegado nos últimos meses», referiu o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas.

Falando na comissão parlamentar de acompanhamento à implementação das medidas do PAEF, na Assembleia da República, o Vice-Primeiro-Ministro realçou «a maior confiança na economia e a maior desaceleração do desemprego», juntamente com «alterações muito importantes da nossa estrutura económica, nomeadamente na agricultura, no turismo, nas exportações».

Isto, «para além dos dados de crescimento económico do final de 2014 divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)», lembrou Paulo Portas, referindo «uma revisão em alta da estimativa de crescimento de 0,8% antecipada pelo Governo para este ano», tal como o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou de manhã, no debate quinzenal, na Assembleia da República.

Sobre os temas que serão discutidos aquando da próxima avaliação da troika, que começa para a semana - e para além da reavaliação do cenário macroeconómico -, o Vice-Primeiro-Ministro acrescentou «a análise de reformas estruturais que promovam maior crescimento económico, onde se incluem a simplificação de licenciamentos, a reforma do Estado, a aplicação de fundos comunitários e os investimento prioritários e a política de privatizações».

Paulo Portas afirmou também que «o Governo fará, em breve, uma proposta aos parceiros sociais para analisarem as reformas estruturais que devem ser feitas com diálogo, no pós-troika».

O Vice-Primeiro-Ministro acrescentou que «o Governo vai discutir com a troika a lista de investimentos em infraestruturas prioritárias para Portugal durante a próxima avaliação do programa de resgate».

Sobre a forma como Portugal vai sair do programa de assistência económica e financeira, o Vice-Primeiro-Ministro referiu: «O Governo não tomou qualquer decisão sobre a forma de saída do atual resgate», ou seja, «se opta ou não por pedir um programa cautelar».

Exemplificando, Paulo Portas referiu o caso da Irlanda, e reafirmou: «O Governo não tomou qualquer decisão sobre se a saída de Portugal do programa deverá ter uma linha de crédito, que é um seguro cautelar, ou se não precisa disso. Não tomámos essa decisão nem temos qualquer preferência", afirmou.

«Primeiro, é preciso cumprir as duas avaliações que faltam para terminar o Programa, e aí fazer uma avaliação da situação nos mercados de dívida e conversar com os parceiros de Portugal», explicou o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando: «Com ou sem linha de crédito cautelar, Portugal vive as suas obrigações no quadro do tratado orçamental».

Tags: economia, programa de assistência económica e financeira, exportação, crescimento
   

 

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