Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, com a embaixadora, Luísa Bastos de Almeida, e com o presidente do IPDAL, Paulo Neves, durante a cerimónia em que recebeu o «Prémio IPDAL – Vista Alegre» por ocasião do 8º aniversário do Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL), Lisboa, 28 janeiro de 2014 (Foto: André Kosters/Lusa)
 
2014-01-28 às 21:13

«HOJE É INDISCUTÍVEL QUE PORTUGAL VAI TERMINAR O SEU PROGRAMA E REAVER A SUA AUTONOMIA»

«Há uns tempos atrás era simples e frequente ouvir discutir um segundo resgate. Hoje é indiscutível que Portugal vai terminar o seu programa e reaver a sua autonomia» afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, em Lisboa. Paulo Portas referiu também que «há três anos era fácil comparar Portugal e Grécia», mas «hoje o que se discute é as semelhanças ou diferenças entre Portugal e a Irlanda».

Paulo Portas foi distinguido com um prémio pelo empenho no fomento das relações diplomáticas e comerciais entre Portugal e a América Latina, juntamente com a assessora para as relações internacionais do Presidente da República, a embaixadora Luísa Bastos de Almeida, atribuído pelo Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL).

O Vice-Primeiro-Ministro reafirmou que o «quem tem a responsabilidade e o mérito dessa redução do défice e da despesa é o povo português, que aguentou com enorme dignidade e bom senso um período dificílimo», que está a terminar, como é visível pelos sinais de mudança e de vitalidade da economia portuguesa.

Paulo Portas recordou as crises vividas pelos países da América Latina, afirmando que «a América Latina sabe, à sua própria custa, o que são crises de dívida. São sempre hipotecas sobre gerações futuras. Por isso, estavam em condições de perceber melhor o que tinha sucedido no nosso País e a vontade enorme que tínhamos de superar a crise e reaver o nosso futuro».

O Vice-Primeiro-Ministro destacou ainda as melhorias ocorridas nas exportações para aquela região: «Nos últimos dois anos, foram abertos os mercados de 30 novos produtos portugueses em 16 países latino-americanos e estão em negociação mais 39 para poderem entrar em mais 12 países. Isto tanto permite exportar cavalos para a Argentina, bovinos para o Brasil, ovos para a Colômbia, fruta para o Chile, produtos lácteos para o México e por aí fora, 'en hora buena, en hora buena'».

E acrescentou que diplomacia económica tem de ser feita de pragmatismo, e «respeito pela soberania» dos países, sem ingerências nas políticas ou ideologias internas de cada nação.

Tags: programa de assistência económica e financeira, exportação, diplomacia, diplomacia económica, américa latina
   

 

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