«Como Vice-Primeiro-Ministro encarregue das políticas
económicas, sou testemunha de como as empresas portuguesas de
tecnologias da educação têm crescido em tantos mercados - na
América Latina, em África, na Ásia e no Golfo» Arábico/Pérsico,
afirmou Paulo Portas no Fórum Mundial da Educação, que decorre em
Londres entre os dias 19 e 22.
O Vice-Primeiro-Ministro acrescentou que nestes mercados
«encontro empresas a ganhar concursos e a fazer crescer as
exportações portuguesas. Por isso integram as missões de negócios
da AICEP, por isso aqui estamos hoje».
Numa intervenção centrada nas tecnologias de apoio à educação,
Paulo Portas referiu também que, na área da Educação, «a
experiência portuguesa levou a que variadas empresas e grupos se
juntassem na procura de soluções», criando agrupamentos com maior
capacidade de colocação de produtos nos mercados externos, e de
adaptação de produtos às necessidades desses mercados.
Por exemplo, na semana passadao agrupamento nacional de empresas
de TI-Educação Youtsu assinou dois importantes acordos com o
governo da Venezuela, à margem da IX Comissão Bilateral, para
fornecimento em 2014 de 1,6 milhões de computadores Canaima
(sistema operativo desenvolvido para estes mercados), e para
fornecimento de 50 mil tablets para ensino universitário
venezuelano.
O Vice-Primeiro-Ministro foi convidado a participar no Fórum
Mundial da Educação no quadro do apoio à internacionalização das
empresas tecnológicas portuguesas do cluster da Educação, algumas
das quais tiveram contactos comerciais à margem do evento.
Paulo Portas esteve também presente numa sessão sobre negócios,
à margem do Fórum, em que as empresas portuguesas do sector
(agrupamento E-xample) estiveram reunidas com Ministros da Educação
de vários países e potenciais clientes, na qual foi dado especial
foco à promoção dos painéis interativos made in
Portugal.
Num declaração aos jornalistas acerca da queda das taxas de
juros da dívida portuguesa abaixo de 5%, o Vice-Primeiro-Ministro
afirmou que «o facto de as taxas de juro de Portugal terem uma
tendência consistente de descida significa, para a vida prática dos
portugueses, esperança de que poderemos ter um 2014 melhor, e um
depois de 2014 melhor que o próprio 2014». Ter as taxas de juro a
descer «significa confiança a subir no nosso País. Quanto mais as
taxas de juro descerem, menor dependência do dinheiro dos credores
da troika Portugal terá no futuro».
Porém, alertou Paulo Portas, «a descida dos juros não acelera a
discussão da forma como Portugal sairá do programa de assistência
financeira». «Agora ainda é cedo para falar da forma como Portugal
sairá do programa de assistência financeira. O importante é que
Portugal saia do programa e recupere" a autonomia».