«Temos sinais positivos do lado da economia, esses sinais ainda
não podem ser tomados como garantidos, têm de ser compreendidos e
defendidos», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro ao intervir num
encontro empresarial Portugal-Colômbia, em Lisboa, por ocasião da
visita da Ministra das Relações Exteriores, Maria Ángela Holguin.
Paulo Portas acrescentou que «são sinais importantes do ponto
de vista do crescimento económico», apontando que «faltam apenas
uns dias, depois de 1000 dias duríssimos em recessão», para se
saber se Portugal saiu da recessão técnica.
«Os indicadores sobre o desemprego significam que a economia
portuguesa está a criar lentamente postos de trabalho, o que
contribui extraordinariamente para reduzir a fratura social que é o
desemprego» afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, que referiu
nomeadamente os dados do comércio externos divulgados hoje pelo INE
(no terceiro trimestre as exportações aumentaram 5,8% e as
importações 3,6% em comparação com o mesmo período do ano passado),
afirmando que estes dados «são números fantásticos», já que «2012
tinha sido o melhor ano de sempre das exportações» e agora «2013
está claramente acima do melhor ano de sempre».
Paulo Portas apontou ainda «o ano do turismo que - assim se
mantenha até ao fim -, é um dos melhores de sempre, 7,2% acima do
ano passado», e os dados da agricultura que «são muito bons e
desmentem a tese de que agricultura era uma coisa do passado, como
se não houvesse criação de riqueza e de empreendedorismo no mundo
rural e um País pudesse dispensar-se de produzir bens
agrícolas».
Referindo-se à cooperação de Portugal, como observador, na
Aliança do Pacífico, Paulo Portas afirmou que «vai ser focada nas
pequenas e médias empresas e na capacidade de podermos levar mais
pequenas e médias empresas a exportar e investir para os países que
têm uma abertura sobre o comércio». «E dentro das pequenas e médias
empresas vamos também estar interessados nos projetos de
infraestruturas que fazem o desenvolvimento destas nações, que são
economias que estão a crescer sustentadamente há bastantes
anos».
Em termos bilaterais, o Vice-Primeiro-Ministro anunciou que a
empresa portuguesa de tecnologia informática Vortal ganhou o
concurso público internacional para o fornecimento de uma
plataforma eletrónica de contratação pública para o Governo
colombiano: «Este contrato tem um valor de 2,7 milhões de euros e
visa a disponibilização das soluções da Vortal para a realização
dos procedimentos de compras de bens e serviços por parte da
administração pública central e local, num total de 6500
entidades».
Durante a sua reunião com a Ministra das Relações Exteriores da
Colômbia, o Vice-Primeiro-Ministro explicou a situação de Portugal:
pude dizer à minha querida amiga Maria Ángela Holguin que faltam
sete meses para Portugal terminar o seu programa de assistência. E
que esse programa tem uma data marca para finalizar», e que
«Portugal está a conseguir reduzir a despesa e vai ter agora a
ajuda do crescimento da economia».