Fórum Macau, 4 novembro 2013
 
2013-11-04 às 17:49

PAULO PORTAS PROMOVE TURISMO E SETOR AGROALIMENTAR NA CHINA

«A China está a internacionalizar-se e, em 2012, 82 milhões de cidadãos chineses fizeram turismo, mas a Portugal chegaram apenas umas dezenas de milhar», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, acrescentando que «há que trabalhar mais para receber mais turistas chineses, que - aliás - têm um gasto per capita interessante».

Estas declarações foram feitas após uma reunião com um dos seus homólogos chineses, Wang Yang, no âmbito do seminário «No caminho da internacionalização», em Macau.

Com esta meta, Portugal e a China estão a trabalhar «na necessidade de ligações diretas mais frequentes entre os nossos dois países», explicou o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que «o instituto do Turismo de Portugal vai ter uma representação permanente em Pequim a partir de 2014 para promover o País na China».

Paulo Portas referiu ainda que o futuro representante do Turismo de Portugal «ficará enquadrado na embaixada portuguesa na China, com a missão de promover adequadamente o País como destino turístico».

Mas também no setor agroalimentar se estreitam relações comerciais, com o Vice-Primeiro-Ministro a afirmar que houve um «avanço de alguns dossiers importantes para o País poder vender mais leite e laticínios à China». «Portugal está na reta final do processo de certificação que permitirá às nossas empresas exportar para o mercado chinês». A exportação de carne de porco, de arroz e de fruta são outros produtos agroalimentares que estão em negociação.

Paulo Portas reuniu-se também com o Ministro chinês do Comércio, Gao Hucheng, referindo que «as autoridades chinesas saudaram o facto de que a economia portuguesa dá sinais de estar a sair da recessão técnica, que durou praticamente mil dias» e «isto é caminho aberto para um maior crescimento, uma maior redução do desemprego e uma dinamização das trocas comerciais entre os nossos países».

Sobre a contribuição extraordinária imposta ao sector energético, e que afecta a EDP (de que é acionista a empresa estatal chinesa Três Gargantas), o Vice-Primeiro-Ministro afirmou: «Portugal nunca aceitaria alterações de natureza contratual ou regulatória porque o País gosta de honrar a sua palavra e os seus compromissos».

Contudo, «outra coisa são alterações de natureza fiscal que se justificam por uma circunstância excepcional, num momento extraordinário, e onde se tem de pedir mais a quem pode mais para se ter autoridade para pedir aos demais. Foi isto que aconteceu», explicou Paulo Portas, lembrando ainda outra alteração a nível fiscal que «é boa para todas as empresas, incluindo para as empresas chinesas que operam em Portugal, que foi a descida do IRC nos próximos quatro anos».

E concluiu: «A China tem peso no Fundo Monetário Internacional e sabe a pressão que certas instituições internacionais fazem relativamente àquilo que em Portugal se chamam as rendas excessivas no sector energético».

Tags: internacionalização, exportação, impostos, energia, emprego, competitividade, turismo, china, agroalimentar
   

 

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