2013-11-01 às 10:57

«HÁ BOAS RAZÕES» PARA PENSAR QUE PORTUGAL E CHINA VÃO REFORÇAR RELAÇÕES COMERCIAIS

«Há boas razões para considerar que vamos dar um salto em frente nesta relação, que une uma das grandes potências mundiais - a República Popular da China - com nações de vários continentes, com diferentes posições económicas e crescente importância, e que tem como traço de união a língua portuguesa», afirmou o Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, em entrevista à agência Lusa, a propósito do fórum Macau, que se realizará nos dias 4 e 5 de novembro.

Sublinhando que a relação que une Portugal e a China é «singular, específica, e não delegável», o Vice-Primeiro-Ministro referiu ainda que este encontro «representa o reconhecimento mútuo, por parte da China e dos países lusófonos, da importância que uma e outros têm».

«Os países lusófonos entendem que a China tem níveis de crescimento económico e transformação social com uma importância crescente nas relações internacionais, enquanto a importância que o Governo chinês dá a este fórum significa também o reconhecimento da importância do mundo lusófono», explicou Paulo Portas, lembrando que «a China não realiza, com esta frequência, encontros com outro bloco de países».

«A lusofonia é hoje a língua comum, com vários acentos, de 250 milhões de pessoas, representa mais de 4% da economia mundial, e as trocas comerciais entre a China e o mundo lusófono aproximaram-se dos 130 mil milhões de dólares, pelo que há muitas potencialidades e interesses em jogo nesta cooperação estreita entre chineses e lusófonos», realçou.

O Vice-Primeiro-Ministro acrescentou também que «o investimento, quer chinês nos países lusófonos, quer lusófono na China, estimula confiança, a confiança traduz amizade e a amizade desenvolve um bom clima de cooperação».

E Portugal pode assumir neste encontro um lugar de destaque, pois «é membro da União Europeia, é fundador da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, tem uma relação muito especial com África e com a América Latina e tem uma História e uma universalidade que o tornou conhecido no Mundo inteiro», explicou Paulo Portas.

O Vice-Primeiro-Ministro referiu também que «todos os países lusófonos têm o seu lugar nesta relação com a China, pois entre eles há economias emergentes muito fortes, economias com um sucesso significativo ou potencial em continentes onde se espera maior desenvolvimento, como África, e há países asiáticos».

Paulo Portas liderará a delegação de Portugal ao fórum Macau, numa comitiva que incluirá ainda o Secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, e representantes dos principais bancos e empresas do País, que participarão num encontro de empresários da China e dos países de língua portuguesa.

Tags: economia, lusofonia, crescimento, empresas, investimento, china
   

 

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