Assembleia da República, 11 setembro 2013
 
2013-09-11 às 11:59

«NUM PAÍS QUE AINDA DEPENDE DOS SEUS CREDORES, O NÃO CUMPRIMENTO É UM RISCO»

O Vice-Primeiro-Ministro afirmou que «a sucessão de acórdãos negativos do Tribunal Constitucional causa, no plano externo, preocupações e interrogações. Num país que como o nosso que ainda depende dos seus credores, o não cumprimento é um risco. A nossa credibilidade é a nossa margem de manobra», sobretudo porque «os sinais positivos ainda não podem ser tomados como garantidos», embora representem «uma esperança na economia portuguesa» e permitem «configurar uma evolução macroeconómica mais positiva e que tem impacto na consolidação orçamental».

Estas declarações de Paulo Portas foram proferidas na comissão de Acompanhamento às Medidas do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) da Assembleia da República, perante a qual, em conjunto com a Ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, apresentou o resultado das reuniões que teve na semana passada com os chefes da missão da troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu).

Paulo Portas pronunciou-se também sobre as metas do défice para 2014: «Não é segredo para ninguém» que na sétima avaliação da troika ficou estabelecido, por opção dos credores, que o défice orçamental em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) seria de 5,5% em 2013 e de 4,0% em 2014, embora o Governo preferisse 4,5% no próximo ano, referiu o Vice-Primeiro-Ministro, acrescentando que «nem sempre existiu harmonia entre o discurso político e o discurso técnico».

Tags: programa de assistência económica e financeira, défice
   

 

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