O Ministro da Defesa Nacional elogiou a «capacidade de fazer
pontes» dos militares portugueses, o que é particularmente
importante no «contexto de grande diferenciação étnica» dos Balcãs.
José Pedro Aguiar-Branco discursava num almoço com o contingente
português que está ao serviço da missão da KFOR, em Pristina,
capital do Kosovo.
Apontando a «competência técnica e profissional dos militares
portugueses», mas principalmente «o fator humano», o Ministro
acrescentou que «este referencial no militar português é um ativo
estratégico reconhecido em todo o lado» afirmando-se «orgulhoso por
constatar esta marca distintiva em todos os fóruns em que
participo». Portugal tem atualmente 188 militares no Kosovo,
partilhando funções de reserva tática com a Hungria.
Aguiar-Branco afirmou que «tudo o que estamos a fazer na Defesa
Nacional tem sido feito em consenso e ação partilhada com as
chefias militares», acrescentando que os objetivos são o aumento da
capacidade operacional e a afirmação da condição militar.
O Ministro informou ainda que Portugal vai participar na nova
força de reação rápida operacional criada pela NATO para entrar em
funções a 1 de janeiro, estando a participação «a ser trabalhada a
nível operacional» pois «tem implicações várias, quer em termos
estruturais, quer em termos financeiros». Este trabalho de
avaliação e preparação deverá estar concluído em fevereiro de
2015.
Ainda em 2015, decorrerá em Portugal «um exercício militar de
grande visibilidade» (Trident Juncture), organizado em conjunto com
Espanha e Itália, no qual serão testados os «níveis de prontidão
mais acelerados».
A Aliança Atlântica anunciou a 2 de dezembro a criação de uma
força de reação rápida, perante o aumento da atividade militar
russa a leste e o avanço do movimento terrorista Estado Islâmico a
sul, com contributos iniciais da Alemanha, Holanda e Noruega.