«Todos os dados indicadores da situação económica e financeira
do País e da sua credibilidade em relação à dimensão externa são
positivos», afirmou o Ministro da Defesa Nacional, José Pedro
Aguiar-Branco, acrescentando: «Temos que acreditar que estes
sacrifícios que têm sido pedidos a todos os portugueses fazem
sentido». Estas declarações foram feitas na inauguração do Balcão
Único da Defesa, em Lisboa.
Questionado pelos jornalistas sobre as queixas das associações
de militares sobre as perdas de rendimento devido ao aumento de
contribuições ou por redução de pensões, o Ministro referiu que «a
situação de dificuldades que os portugueses têm tido não é
específica dos militares». «Há situações que têm a ver com a
dimensão pura da estrutura militar e outras que têm a ver com
exigência de sacrifícios que são transversais».
Contudo, sublinhou, «todas as indicações dão sentido ao
sacrifício que é pedido aos portugueses, o que é um fator de
esperança de que a situação vai melhorar».
Em relação ao pedido de transbordo de material de armas químicas
provenientes do arsenal da Síria para desmantelamento, José Pedro
Aguiar-Branco afirmou que este «deve ser considerado» e que «esta
avaliação deve ser feita, uma vez que é resultante de uma resolução
das Nações Unidas». Porém, acrescentou, «é ao Ministério dos
Negócios Estrangeiros que cabe - em primeira mão - o acompanhamento
e o controlo desta matéria».
De qualquer forma, o Ministro afirmou que esta questão em nada
condiciona o futuro da Base das Lajes: «O acordo das Lajes tem todo
um processo desenvolvido que está a decorrer, enquanto o pedido de
transbordo dos produtos químicos da Síria é uma operação
casuística».