Nos últimos dois anos foram tomadas medidas «que permitiram
libertar o erário público de despesas presentes e futuras
superiores a 1300 milhões de euros, mas que nunca colocaram em
risco a operacionalidade das Forças Armadas Portuguesas», afirmou o
Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, durante as
comemorações oficiais do Dia do Exército, em Lamego. «Foi este o
contributo da Defesa Nacional e das Forças Armadas Portuguesas para
o compromisso, assumido por Portugal, de reduzir o défice e
equilibrar as contas públicas», acrescentou.
O Ministro declarou também que «o Ministro da Defesa Nacional é
obrigado a ser, também, Ministro das Finanças», e «todos os chefes
militares, comandantes de unidades e soldados são obrigados a ser
ministros das Finanças», por «um imperativo patriótico» que se
impõe a todos «quando isso é condição para se restaurar a soberania
financeira e vencer a batalha do desequilíbrio das contas
públicas».
Aguiar-Branco realçou que «foi necessário fazer esses
ajustamentos no passado para assegurar a condição da Reforma 2020
que agora vai ter a sua concretização e que permite um planeamento
para os próximos anos, de forma sustentada, das Forças Armadas».
«Temos condições para, através da Reforma 2020, ter uma definição
orçamental para os próximos anos e saber que as missões das Forças
Armadas podem ser cumpridas com a eficácia que é exigida. E essa
reforma é feita em conjunto, precisamente, com as chefias das
Forças Armadas».
«Temos um passado de história de que nos devemos orgulhar,
estamos a viver um momento de dificuldade, mas temos um futuro que
precisamos de trabalhar. E as Forças Armadas são, em geral, a
expressão maior desse sentido de existência que vem do passado, do
presente e que se projeta para o futuro», referiu ainda o Ministro
que acrescentou que as Forças Armadas estão a dar «o seu contributo
com exemplo de tenacidade, sentido patriótico e de sentido de
cidadania, para ultrapassar este momento crítico».