«As Forças Armadas portuguesas para cumprir as prioridades que
estão no Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN) têm de
reforçar a sua capacidade operacional», afirmou o Ministro da
Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, em Lisboa, na cerimónia
de encerramento do Curso de Defesa Nacional no IDN.
«Não pretendemos desmantelar as Forças Armadas mas sim aumentar
a sua capacidade operacional (…) para terem uma intervenção mais
forte nas Forças Nacionais Destacadas» consideradas prioritárias na
«segurança coletiva e cooperativa», de acordo com o CEDN,
recentemente aprovado.
Para Aguiar-Branco «a defesa nacional faz-se hoje mais (…) para
lá das fronteiras geográficas em que o País se circunscreve», pelo
que é «fundamental assumir as nossas vulnerabilidades e percebermos
bem quais são as nossas potencialidades».
A Europa, a NATO e a parceria estratégica com os Estados Unidos
foram as prioridades apontadas pelo Ministro em matéria de Política
de Defesa Nacional, pelo que o «sistema de forças nacional deve
também privilegiar uma estrutura baseada em capacidade de natureza
conjunta».
Destacando a importância do Conselho Europeu marcado para
dezembro, por «tratar de forma muito oportuna e relevante as
matérias de política comum de defesa», Aguiar-Branco referiu que o
mesmo servirá para testar as «convicções que estão muito para lá da
carteira».
«Nós estamos a chegar ao momento (…) de saber se somos capazes
de dar passo mais consistente na Política Comum de Defesa que
levará à consolidação de uma europa que deixa de ser a europa pura
dos interesses para ser a europa da confiança», referiu o Ministro
da Defesa, acrescentando que «Portugal tem de ter uma participação
proactiva», baseada não no peso das nações «na sua pura lógica
demográfica ou de riqueza ou de PIB mas das convicções com que
assume esses projetos».