O novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN) permitirá
«um rácio mais equilibrado» entre «produto operacional e
funcionamento» das Forças Armadas e uma instituição «melhor
estruturada e com melhor capacidade de resposta», afirmou o
Ministro da Defesa Nacional na cerimónia de entrega ao Governo do
projeto de Grandes Opções do CEDN, a que presidiu o
Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho. «Devemos esvaziar funções
secundárias para nos concentrarmos no verdadeiro produto
operacional», referiu o José Pedro Aguiar-Branco.
O CEDN, que será aprovado brevemente em Conselho de Ministros,
após a audição do Conselho Superior da Defesa Nacional e do
Conselho de Chefes de Estado-Maior, dará «uma linha de coerência
sistemática» a uma «reforma importante mas que seja coerente com o
que é necessário na capacidade de resposta das Forças Armadas»,
revelando-se «um documento realista, exequível, que não seja apenas
para registo da História, mas um guião mobilizador do que deve ser
a intervenção do Governo».
O Ministro destacou «a forma aberta e participativa» com que
decorreu a revisão do CEDN, que irá substituir o de 2003, referindo
as «conferências realizadas pelo País em setembro, abertas a quem
quisesse participar». «É evidente a importância que este processo
de revisão tem, a Espanha também está atualmente a rever o seu
conceito estratégico, o que mostra a oportunidade e a importância
deste documento que vai ser apresentado na Assembleia da República
e que é por demais evidente para o nosso futuro coletivo»,
acrescentou Aguiar-Branco.
O projeto foi elaborado por uma comissão de personalidades
presidida por Luís Fontoura.