O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou
que «a reforma que é preciso fazer nas Forças Armadas está muito
para lá da pura lógica da Lei da Programação Militar» e que é
preciso criar condições para que as «promoções possam ocorrer sem o
aumento da despesa pública». «Portugal hoje gasta aquilo que pode
gastar», acrescentou, «e não como dantes, em que se gastava aquilo
que se queria gastar independentemente de não haver dinheiro para o
efeito».
Aguiar-Branco falava a bordo do navio escola Sagres, em Lisboa, na cerimónia
comemorativa dos 50 anos desta embarcação sob bandeira
nacional que já conta, no seu historial, com três voltas ao mundo,
385 visitas a portos e cerca de 600 000 milhas navegadas,
funcionando como embaixador itinerante ao serviço de Portugal e um
elo de ligação aos Portugueses espalhados pelo mundo.
«Eu tenho a certeza absoluta que vamos conseguir fazer a reforma
que permita que as Forças Armadas tenham um papel prestigiante, um
papel eficaz, um papel em benefício de todos os portugueses»
afirmou o Ministro da Defesa Nacional, destacando ainda o trabalho
conjunto que está a ser feito com as chefias militares para tornar
as Forças Armadas «mais fortes, prestigiadas e com mais capacidade
operacional».